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À espera do Irma, Flórida tem toque de recolher, evacuação e ruas desertas

Um único carro trafega em rodovia em Miami antes da chegada do Irma ao Estado - Carlos Barria/Reuters
Um único carro trafega em rodovia em Miami antes da chegada do Irma ao Estado Imagem: Carlos Barria/Reuters

Do UOL, em São Paulo

09/09/2017 22h07

"O Irma é o furacão mais catastrófico que o Estado já viu", disse o governador da Flórida, Rick Scott, neste sábado (9).

Ele decretou a retirada de 6,3 milhões de pessoas. Ao todo, quase um terço dos cerca de 20 milhões de habitantes da Flórida, o terceiro Estado mais populoso dos EUA, deixou suas casas.

De acordo com o governador, mais de 54 mil pessoas se refugiaram em cerca de 320 abrigos de emergência. Outras centenas procuraram lugares mais seguros para ficar durante a passagem do furacão.

Ele mesmo deixou sua residência, avaliada em US$ 15 milhões, com vista para o mar, na cidade de Naples, que foi declarada como zona de evacuação por conta da possibilidade de subida do nível das águas e da formação de ondas gigantes.

A cidade de Miami também declarou toque de recolher por 12 horas, assim como vários condados do sul do Estado tomaram medidas similares.

A turística ilha diante da cidade de Miami acabou ficando deserta. Já era sentido um forte vento em meio a bares e lojas fechados e protegidos com tapumes.

A Guarda Nacional da Flórida mobilizou 30 mil homens, 4.000 caminhões, cem helicópteros e diversas equipes de evacuação aérea para o pós-furacão.

As autoridades locais assinalaram que estarão vigilantes para decretar mais medidas de prevenção se forem necessárias.

Tampa começou uma preparação de emergência após mudança de rumo do Irma.

Olho do furacão Irma é registrado

AFP

Milhares já sem luz

O Departamento de Emergências indicou que já há 76.108 casas sem eletricidade, mais da metade no condado de Miami-Dade. Por sua vez, a Florida Power & Light Company (FPL), uma das principais fornecedoras de eletricidade no Estado, antecipou que pelo menos 4,1 milhões de clientes ficarão sem energia pelo impacto do furacão.

A Cruz Vermelha Internacional informou que Irma já afetou 1,2 milhão de pessoas, número que pode subir a 26 milhões com o prosseguimento do furacão em direção aos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lembrou neste sábado o "enorme poder destrutivo" do furacão Irma e pediu à população que saia de sua trajetória e sigam as instruções das autoridades.

"Parece que Irma será um (furacão) realmente mau. Mas estamos tão preparados como se pode estar a ponto de iniciar algo assim", disse em vídeo publicado em seu Twitter. "A propriedade é substituível, mas as vidas não são. A segurança deve estar em primeiro lugar!"

(Com agências internacionais)