Topo

Ex-sindicalista, empresário Cyril Ramaphosa é o novo presidente da África do Sul

11.fev.2018 - Cyril Ramaphosa, então vice-presidente da África do Sul, que agora governará o país após a renúncia de Jacob Zuma - AP
11.fev.2018 - Cyril Ramaphosa, então vice-presidente da África do Sul, que agora governará o país após a renúncia de Jacob Zuma Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

15/02/2018 09h04Atualizada em 15/02/2018 10h58

O Parlamento da África do Sul elegeu nesta quinta-feira (15) o empresário Cyril Ramaphosa como novo presidente do país, após a renúncia de Jacob Zuma, na quarta-feira. Ramaphosa, 65, ex-sindicalista que se tornou milionário, assumiu em dezembro a liderança do ANC (Congresso Nacional Africano, o partido governista do país). Ele prometeu reativar a economia do país, estagnada há algum tempo, e erradicar a corrupção que afeta seu partido e a cúpula de Estado.

Veja também:

Até então vice-presidente, o novo líder sul-africano venceu nas últimas eleições do partido a ex-mulher de Zuma, Nkosazana Dlamin Zuma, por uma votação apertada - 2.440 votos contra 2.261. Ramaphosa denunciou a corrupção do presidente e buscava seu afastamento, com o objetivo de evitar uma catástrofe para o partido nas eleições gerais de 2019.

Zuma, 75, renunciou na quarta-feira à noite, em meio a escândalos de corrupção e estagnação econômica. Ele disse ter sido "obrigado" a deixar o cargo depois de o ANC anunciar que apoiaria uma moção de afastamento do líder no Parlamento. O ANC tem maioria absoluta no Parlamento e comanda a África do Sul desde a ascensão de Nelson Mandela, após o fim do apartheid. Ramaphosa será o quinto presidente do país nesse período. 

O antecessor de Zuma, Thabo Mbeki, foi forçado a deixar o cargo da mesma maneira em 2008.

Zuma assumiu a presidência do país quando eleito democraticamente em 2009 e cumpria agora o penúltimo ano de seu segundo mandato. Na África do Sul, cada mandato presidencial dura cinco anos. 

O anúncio da renúncia ocorreu horas depois de uma operação policial na casa de luxo da família Gupta ser realizada como parte de uma investigação sobre alegações de que os três irmãos tinham ligações corruptas com o presidente da África do Sul. (Com agências internacionais)