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Jacob Zuma renuncia à presidência da África do Sul

Siphiwe Sibeko/Reuters
Imagem: Siphiwe Sibeko/Reuters

Do UOL, de São Paulo

14/02/2018 19h05

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, 75, renunciou à liderança do país nesta quarta-feira (14), em meio a escândalos de corrupção e estagnação econômica.

Em seu discurso de renúncia, Zuma disse que exercer a presidência foi um período de grande aprendizado e que serviu respeitando à Constituição. "Durante meu mandato fui a epítome da perfeição", disse, acrescentando que nenhum líder deveria ficar no poder para além do tempo determinado pelo povo a que serve. 

"Fui obrigado a me demitir como resultado de um voto de falta de confiança estabelecido pelo ANC", disse Zuma, citando a ameaça feita por membros do seu partido de convocar na quinta-feira uma votação no Parlamento sul-africano para expressar que não estavam mais apoiando seu governo. O antecessor de Zuma, Thabo Mbeki, foi forçado a deixar o cargo da mesma maneira em 2008.

Zuma assumiu a presidência do país quando eleito democraticamente em 2009 e cumpria agora o penúltimo ano de seu segundo mandato. Na África do Sul, cada mandato presidencial dura cinco anos. 

O anúncio da renúncia ocorre horas após uma operação policial na casa de luxo da família Gupta ser realizada como parte de uma investigação sobre alegações de que os três irmãos tinham ligações corruptas com o presidente da África do Sul. 

A expectativa é que Ramaphosa seja confirmado como o novo chefe do Executivo com mandato até maio de 2019 pelo Parlamento nesta quinta-feira. Ramaphosa será o quinto presidente da África do Sul desde o fim do apartheid, em 1994. 

Com Reuters e DeutscheWelle