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Aliado de Putin, Orbán diz que Hungria pode sediar conversas com Ucrânia

Putin se tornou um modelo de virilidade e masculinidade a inspirar políticos ao redor do mundo, como Donald Trump, Viktor Orban (foto) e Jair Bolsonaro - EPA
Putin se tornou um modelo de virilidade e masculinidade a inspirar políticos ao redor do mundo, como Donald Trump, Viktor Orban (foto) e Jair Bolsonaro Imagem: EPA

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/03/2022 10h45

O premiê da Hungria, Viktor Orbán, disse hoje que seu país está disposto a sediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. "A guerra só pode ser interrompida por negociações, conversas de paz e um cessar-fogo", disse Orbán em entrevista à BBC.

Na avaliação do premiê, a responsabilidade pelo fim da guerra está, acima de tudo, do lado russo. O governo húngaro ofereceu Budapeste como local para futuras conversas entre os dois países em conflito.

Orbán tem mantido relações estreitas com o presidente russo, Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, seu governo tem relações tensas com a Ucrânia, por causa de leis sobre a língua pátria que o governo diz discriminar a grande minoria húngara na Ucrânia.

"A Hungria é um bom amigo da Ucrânia e do povo ucraniano, se precisarem de ajuda aqui, podem contar conosco. Não acho que os líderes precisem de nenhuma mensagem e conselho do meu lado. O que deve ser feito. Qual é o desejo húngaro, não é um conselho, não é uma mensagem. Apenas um desejo do meu coração. Paz, por favor, paz."

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:

Premiê defende sanções

Líder europeu mais próximo de Vladimir Putin, o premiê húngaro Viktor Orbán disse no sábado (26) que apoia todas as sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.

"A Hungria deixou claro que apoiamos todas as sanções, então não iremos bloquear nada [dentro da União Europeia]. O que os premiês da UE acertarem, nós aceitaremos e apoiaremos", afirmou Orbán, numa rara fala em inglês, na fronteira de seu país com a Ucrânia.

Ainda mais significativamente, concordou que a Rússia deve ser desligada do sistema internacional de pagamentos chamado Swift. Com isso, a UE está praticamente pronta para executar o movimento, que depende de uma decisão governamental de cada membro.

Orbán, no poder pela segunda vez desde 2010, é um ícone do chamado iliberalismo. Ele mesmo cunhou o neologismo, falando de democracias iliberais e citando Putin como grande símbolo do movimento, em oposição ao que chama de decadência do Ocidente.

Eles estiveram juntos em 1º de fevereiro.