Aliado de Putin, Orbán diz que Hungria pode sediar conversas com Ucrânia
O premiê da Hungria, Viktor Orbán, disse hoje que seu país está disposto a sediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. "A guerra só pode ser interrompida por negociações, conversas de paz e um cessar-fogo", disse Orbán em entrevista à BBC.
Na avaliação do premiê, a responsabilidade pelo fim da guerra está, acima de tudo, do lado russo. O governo húngaro ofereceu Budapeste como local para futuras conversas entre os dois países em conflito.
Orbán tem mantido relações estreitas com o presidente russo, Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, seu governo tem relações tensas com a Ucrânia, por causa de leis sobre a língua pátria que o governo diz discriminar a grande minoria húngara na Ucrânia.
"A Hungria é um bom amigo da Ucrânia e do povo ucraniano, se precisarem de ajuda aqui, podem contar conosco. Não acho que os líderes precisem de nenhuma mensagem e conselho do meu lado. O que deve ser feito. Qual é o desejo húngaro, não é um conselho, não é uma mensagem. Apenas um desejo do meu coração. Paz, por favor, paz."
- Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:
Premiê defende sanções
Líder europeu mais próximo de Vladimir Putin, o premiê húngaro Viktor Orbán disse no sábado (26) que apoia todas as sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.
"A Hungria deixou claro que apoiamos todas as sanções, então não iremos bloquear nada [dentro da União Europeia]. O que os premiês da UE acertarem, nós aceitaremos e apoiaremos", afirmou Orbán, numa rara fala em inglês, na fronteira de seu país com a Ucrânia.
Ainda mais significativamente, concordou que a Rússia deve ser desligada do sistema internacional de pagamentos chamado Swift. Com isso, a UE está praticamente pronta para executar o movimento, que depende de uma decisão governamental de cada membro.
Orbán, no poder pela segunda vez desde 2010, é um ícone do chamado iliberalismo. Ele mesmo cunhou o neologismo, falando de democracias iliberais e citando Putin como grande símbolo do movimento, em oposição ao que chama de decadência do Ocidente.
Eles estiveram juntos em 1º de fevereiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.