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Tecnologia usada em telescópios vai auxiliar na preservação de rinocerontes

Em 2013, houve 1.004 mortes de rinocerontes, ocasionadas pela caça furtiva - Wikipedia/Ikiwaner
Em 2013, houve 1.004 mortes de rinocerontes, ocasionadas pela caça furtiva Imagem: Wikipedia/Ikiwaner

Do UOL, em São Paulo

08/01/2015 12h48

A luta contra a caça ilegal de rinocerontes vai ganhar um novo aliado: a tecnologia telescópica espacial. Um projeto desenvolvido por três estudantes da Universidade de Cranfield, no Reino Unido, quer usar a mesma tecnologia desenvolvida pela ESA (Agência Espacial Europeia), e implantada originalmente em telescópios espaciais, em veículos aéreos não tripulados (ou UAV), para produzir imagens de alta resolução sobre áreas afetadas pela caça ilegal e, assim, auxiliar os guardas florestais a fazer um combate mais intensivo sobre a prática.

Números oficiais sugerem que 2015 poderá ser o ano mais mortal para os rinocerontes e deve quebrar o recorde alcançado em 2013, quando houve 1.004 mortes ocasionadas pela caça furtiva. "Nossa proposta quer desenvolver UAVs leves e autônomos para observação em dois setores principais: conservação da vida selvagem; e de busca e salvamento", explicou Idriss Sisaid, um dos estudantes.

Ele e os colegas Enrique Garcia Bourneand e Edward Anastassakis ganharam a edição do desafio S2UN (Space Solutions University) de 2014, realizado pelo escritório do Programa de Transferência de Tecnologia da ESA.

Com a ótica de imagem e o dispositivo óptico para mapear um campo de imagem curvo, a tecnologia patenteada da ESA, a equipe do projeto Horus poderá produzir imagens aéreas em tempo real a um custo menor e oferecendo maior capacidade de resposta que as alternativas existentes.