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Mudanças climáticas vão alterar cerca de 38% dos recifes de corais do mundo

Do UOL, em São Paulo

04/12/2015 06h00

Se 2015 foi o ano mais quente já registrado, 2016 promete ser pior ainda. Tudo isso por causa do fenômeno El Niño, que altera a temperatura da superfície do oceano Pacífico, o que tem efeitos diretos no clima. Cientistas afirmam que aproximadamente 38% dos recifes de coral do mundo devem sofrer alterações devido a esse aquecimento até o final deste ano, e uma área de 12 mil quilômetros de corais deve morrer. A força do El Niño está ligada às mudanças climáticas, que tornam os fenômenos climáticos mais intensos. Os dados e fotos foram apresentados nesta quinta-feira (03), na COP-21 (Conferência do Clima da ONU).

Esse vai ser o terceiro branqueamento de corais registrado na história. O branqueamento de corais é a morte dos pólipos responsáveis pela construção dos recifes. O primeiro aconteceu em 1998 e matou 16% do total de recifes de corais existentes, também ocasionado pelo El Niño. O segundo foi em 2010.

O branqueamento mundial de recifes de corais é considerado um dos indicadores mais visuais das alterações climáticas. 

O NOAA (Administração Nacional da Atmosfera e dos Oceanos), dos EUA, prevê que o fenômeno, que deve se estender até 2016, será um dos mais fortes da história e, por isso, anunciou o terceiro branqueamento global em julho deste ano. 

Apesar de os recifes de corais representarem menos de 0,1% do solo dos oceanos, eles são como um oásis em um deserto, que oferece comida e abrigo para diversas espécies de animais marinhos, além de servir de “creche” para jovens peixes até eles serem grandes o bastante para enfrentarem os oceanos. Estima-se que os corais deem suporte a 25% do total de espécies marinhas.