Afif contesta aliança do PSD com Alckmin e fala em "fragilidade" do tucano

Gustavo Maia

Do UOL, em Brasília

  • Leticia Moreira 01.01.2011/Folhapress

    O então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e seu vice, Guilherme Afif (atrás, de gravata clara), em 2011

    O então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e seu vice, Guilherme Afif (atrás, de gravata clara), em 2011

Pré-candidato do PSD à Presidência da República, o empresário Guilherme Afif Domingos contestou nesta sexta-feira (13) a informação de que o seu partido teria fechado um acordo para apoiar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na eleição presidencial desse ano.

A aliança teria sido selada nos últimos dias, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo". "Essa é uma informação do Alckmin", disse Afif Domingos ao UOL, acrescentando que ninguém do PSD se manifestou na reportagem em questão.

"Eles estão muito preocupados em fechar apoios e não estão conseguindo, porque a fragilidade do candidato está sendo demonstrada", declarou o presidenciável, que foi vice de Alckmin nas eleições de 2010 para o governo de São Paulo, quando foram eleitos. "Para eles anunciaram hoje [a aliança], devem estar muito preocupados", completou.

Afif disse achar "estranho" que o PSDB fale em nome de seu partido. "A não ser que queiram anexar o PSD ao partido deles", alfinetou. Segundo o "Estadão", o acordo foi negociado com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, presidente licenciado do partido. Ele e Afif são fundadores da legenda.

O diretório nacional não se manifestou oficialmente sobre os pontos do suposto acordo, mas a reportagem apurou que as lideranças da legenda têm um diagnóstico de que o apoio a Alckmin deverá ser validado na convenção.

A convenção nacional do PSD deve ocorrer ou no dia 28 desse mês ou no dia 4 de agosto, véspera do prazo legal para realização desse ato eleitoral, quando ocorre a escolha dos candidatos de cada sigla.

Afif se negou a estimar quantos delegados da legenda devem votar para que ele concorra à Presidência pelo PSD, mas disse representar "a raiz partidária". Sobre a possibilidade de o PSD realmente apoiar Alckmin, ele diz que "pode até acontecer". "Ganhar ou perder é do jogo", comenta.

"A minha tese é a seguinte: time que não disputa campeonato não tem torcida", afirmou.

Na última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, Afif não chegou a pontuar 1% nas intenções de voto nos quatro cenários em que foi testado. Alckmin, por sua vez, teve entre 6% e 7% das intenções de voto, ficando entre o quarto e o quinto lugar.

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