Eleições 2018

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (23) que a transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu candidato a vice na chapa, Fernando Haddad, ambos do PT, "não é simples". Lula registrou a candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas pode ter a candidatura indeferida pela Lei da Ficha Limpa.

"Não é simples essa transferência. Acho que, com o tempo, o povo começa com uma solidariedade [para com o Lula], porque o povão não gosta do Poder Judiciário, porque só vê preso preto, pobre e quem está marginalizado na sociedade. Tem a solidariedade, mas depois cai a ficha porque vão começar a pensar no que vai acontecer com o Brasil", disse, acrescentando que Haddad terá de rodar bastante pelo Brasil até a população aprender a falar seu nome corretamente.

Ainda segundo Lupi, pelo menos dois candidatos a governador no Nordeste que hoje apoiam o PT deverão passar a apoiar o candidato de seu partido, Ciro Gomes, se Lula não puder concorrer. Na impossibilidade de Lula disputar o Planalto, o PT tornará Haddad o candidato à Presidência e Manuela D`Ávila (PCdoB) à Vice. 

"Vamos ter mais dois aí que virão com o tempo. Na Paraíba estão esperando a questão do Lula, né? O compromisso deles é se o Lula for candidato", declarou.

Na avaliação de Lupi, no Nordeste é "a coisa mais simples" de se conseguir votos para Ciro, porque "ele é de lá. É simples a conexão". Embora tenha nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, ele construiu a carreira política no Ceará.

Ciro fez campanha em Ceilândia, no Distrito Federal, a cerca de 35 km do centro de Brasília. A região administrativa é reconhecida por ter a maior influência nordestina do DF. Enquanto esperavam a chegada do candidato, apoiadores tocavam sanfona com trajes típicos.

Ele estava acompanhado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e da deputada distrital Luzia de Paula (PSB). Ambos tentam a reeleição.