Alckmin rebate Temer e diz que ele "não tem liderança e legitimidade"

Colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), respondeu aos vídeos gravados pelo presidente Michel Temer (MDB) que foram ao ar na noite da última quarta-feira (5). "O problema do governo Temer não são os ministros, é o presidente, que não tem a liderança que precisa ter e nem a legitimidade que precisa ter", disse Alckmin em sabatina do jornal O Estado de S. Paulo e da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).

Os vídeos gravados por Michel Temer contra Alckmin são respostas às "falsidades colocadas no programa eleitoral" do tucano, segundo afirma o presidente. "O PSDB me ajudou no governo, foi base do meu governo (...). Portanto o PSDB apoiou o meu governo. Não faça como os que falseiam, que mentem para conseguir votos, seja realista", disse Temer em um dos vídeos.

Em entrevista nesta quinta-feira (6), Alckmin disse que foi contra a participação do PSDB no governo do emedebista e que os tucanos deveriam apenas dar apoio parlamentar. "Na época eu disse que não devíamos participar do governo, dar apoio parlamentar, mas sem participar, não é nosso, não elegemos."

O candidato ainda afirmou que não votou em Temer e que ele escolheu ser vice da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por duas vezes. "Não votei no Temer, ele é da chapa da Dilma, Dilma-Temer, ela escolheu o Temer e ele escolheu a Dilma, aliás, reincidente, ele foi duas vezes vice-presidente da Dilma."

Temer diz, em um dos vídeos, que o PSDB foi base do seu governo e cita as nomeações dos tucanos Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Bruno Araújo (PSDB-PE) e José Serra (PSDB-SP) que fizeram parte do governo como ministros da Secretaria de Governo, das Cidades e das Relações Exteriores, respectivamente.

Os vídeos de Temer contra Alckmin mostram a mudança na postura do presidente em relação ao candidato do PSDB. Em agosto, Temer afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que Alckmin parecia ser o candidato do governo. O MDB, partido do presidente, tem candidato próprio nestas eleições, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Nas vezes em que te apoiei, achei que você [Alckmin] era diferente. Não atenda o que dizem os seus marqueteiros. Atenda apenas a verdade. E a verdade é que nós fizemos muito por essas áreas conduzidas por aqueles que hoje apoiam a sua candidatura", disse Temer no primeiro vídeo divulgado.

Procurado pela reportagem, o Planalto disse que não irá se manifestar sobre a fala de Alckmin.

Ataques a Bolsonaro

Alvo do candidato do PSDB nos programas eleitorais na TV, Bolsonaro foi mais uma vez criticado por Alckmin.

"Passaporte para a volta do PT. Desastre. Muita gente está votando no Bolsonaro por ser anti-PT. É o passaporte para a volta do PT. O PT vai poupar o Bolsonaro, só bate em mim, não fala nada dele. Tudo que ele (PT) quer é o segundo turno com o Bolsonaro", disse o tucano. "Bolsonaro é uma candidatura fraquíssima, não é que traga risco, não, ele é fraco, são 28 anos e nenhum projeto de lei de interesse. Corporativismo puro", completou.

Temer critica "falsidades" de Alckmin

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