Haddad minimiza rejeição e volta a criticar Bolsonaro

Nathan Lopes

Do UOL, em São Bernardo do Campo

  • Ricardo Matsukawa/UOL

    Haddad fala com a imprensa no Sindicato dos Metalúrgicos

    Haddad fala com a imprensa no Sindicato dos Metalúrgicos

Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência, acredita que o índice de eleitores que não aprovam nem ele nem Jair Bolsonaro (PSL) não deverá ser preponderante em um eventual segundo turno na disputa pelo Planalto. Os dois candidatos lideram o índice de rejeição nas pesquisas eleitorais.

"É natural que os dois primeiros colocados tenham um maior índice de rejeição. Isso costuma ser assim", respondeu a questionamento do UOL após café da manhã no Sindicato dos Metalúrgicos no ABC, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.

De acordo com as últimas pesquisas, Haddad possui rejeição de 41%, segundo o Datafolha, e 36%, de acordo com o Ibope. Já Bolsonaro, 44% e 43%, respectivamente.

No café da manhã, Haddad encontrou-se com o candidato petista ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, os postulantes do partido ao Senado, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto, além do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Pouquíssimos militantes estavam no sindicato.

Na declaração à imprensa antes de se dirigir à sua seção de votação, na capital paulista, Haddad voltou a criticar Bolsonaro. "Tem gente que não quer que tenha segundo turno para que não haja comparação. É mais fácil ganhar eleição sem se expor. A exposição, às vezes, prejudica um candidato se não tem proposta".

Questionado se ligaria para Bolsonaro caso perca --o candidato do PSL disse que não fará isso--, Haddad disse que entraria em contato. "Sou democrata. Sou democrata acho que desde que eu nasci. Eu nasci com espírito de liberdade e com amor às pessoas", disse. "Vou ligar para quem quer que seja. Na democracia, você celebra não a vitória ou a derrota. Você celebra a vontade popular. E se a vontade popular se expressou livremente, é uma festa qualquer que seja o resultado. Quem não coloca o povo acima de suas pretensões pessoais é que tem esse tipo de atitude".

Haddad rechaça a possibilidade de não haver segundo turno e acredita que ele será importante porque "são dois projetos tão diferentes que, para o cidadão, vai ficar mais fácil". "E isso é bom para o Brasil. Porque no segundo turno você tem mais tempo de comparar projetos, de diferenciar as propostas dos candidatos".  

O candidato do PT irá acompanhar a apuração com correligionários em um hotel na zona sul de São Paulo.  Na segunda-feira, ele irá a Curitiba visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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