Doria afirma que não deixará PSDB e diz que Skaf "vestiu camisa vermelha"

Luís Adorno

do UOL, em São Paulo

  • Danilo Verpa/Folhapress

Durante agenda de campanha ao hospital municipal da Vila Nova Cachoeirinha, na periferia da capital paulista, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, afirmou que, apesar da crise que atinge o partido, não deixará a sigla. "Não, não [vou trocar], vamos é trocar o partido", afirmou.

A visita ao hospital ocorreu no fim da manhã desta quarta-feira (10), durante ato de campanha para sugerir propostas para a saúde pública do estado. A agenda ocorre um dia depois de mais um desgaste entre Doria e o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, que sugeriu durante reunião da executiva tucana que o ex-prefeito age como traidor.

Ainda ontem, o candidato ao governo paulista Paulo Skaf (MDB), que ficou em terceiro na disputa, anunciou apoio ao oponente de Doria no segundo turno, Márcio França (PSB). Na manhã desta quarta, Skaf afirmou, ao lado de França que, para saber o caráter de Doria, basta questionar Alckmin.

Doria rebateu Skaf durante a visita pelo hospital municipal. "O Paulo Skaf já vestiu a camisa vermelha do Márcio França e já incorporou o discurso do Márcio França. É lamentável esse tipo de colocação, mas eu não vou fazer novos comentários", disse.

Doria criticou o áudio vazado ontem de dentro da reunião do PSDB. "O ideal é que não tivesse ocorrido. Não se faz uma reunião fechada do partido gravando. Não é um gesto correto. Por isso é que nós temos que mudar. Por isso é que nós temos que colocar o PSDB fora do muro. O PSDB precisa ser um partido sintonizado com a realidade do país. Com a realidade daqueles que votaram no Bolsonaro, que querem um país diferente", disse.

Doria afirmou, no entanto, respeitar o posicionamento da executiva nacional do partido, de não apoiar nenhum candidato. "Mesmo que tivesse determinado uma outra alternativa, respeito a opinião de cada um fazer a sua escolha. E a minha está feita: é Jair Bolsonaro", disse.

O tucano ainda considerou "muito adequado" o apoio de Skaf a França. "O Paulo Skaf fez uma opção clara: vai apoiar a esquerda. Aliás, voltar ao seu berço, porque, na sua primeira candidatura, ele disputou pelo Partido Socialista Brasileiro", afirmou.

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