Depois de agressão a aluno, universidade do RJ suspende aulas após 2º turno

Do UOL, no Rio

  • Helio Motta/UOL

    Alunos em frente de campus da Unirio, no Rio de Janeiro

    Alunos em frente de campus da Unirio, no Rio de Janeiro

Depois que um estudante sofreu uma agressão por fazer campanha política, a Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) anunciou a suspensão das aulas na próxima segunda-feira (29), dia seguinte à votação do segundo turno das eleições.

Em comunicado, a Unirio atribuiu a decisão de suspender as aulas por "possíveis dificuldades de locomoção decorrentes do momento político pelo qual passam nosso estado e nosso país". A nota foi publicada na terça-feira (23) e está em nome dos Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unirio.

Um estudante de história afirmou ter se envolvido em uma briga e sofrido agressões por distribuir panfletos do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, na Praça Lauro Muller, que fica próxima à universidade no último dia 20, em Botafogo, na zona sul do Rio.

O jovem, de 22 anos, que não teve o nome revelado, disse que ele e um grupo de amigos discutiram com desconhecidos que mandaram que eles parassem com a panfletagem. Ele disse que foi atingido por socos e golpes com uma barra de metal e afirmou suspeitar ter sido agredido por motivação racista.

O UOL não conseguiu confirmar com a polícia se o caso foi registrado pela vítima em uma delegacia. A reportagem também tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da instituição, mas não obteve resposta. 

Nesta quarta-feira, os mesmos conselhos universitários e de ensino que anunciaram a suspensão das aulas publicaram um manifesto na página da instituição afirmando que "nossa segurança institucional, acadêmica e até mesmo física da nossa comunidade universitária encontra-se em risco imediato, em especial, do nosso corpo discente [estudantil]".

O manifesto diz ainda: "a ascensão das forças reacionárias traz um forte ataque às mulheres, ao povo negro, à população LGBT, aos indígenas e quilombolas, aos trabalhadores e trabalhadoras em geral. Temos de resistir em nome dos valores civilizatórios construídos ao longo dos últimos dois séculos".

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