Alckmin diz que reajuste do Judiciário é inadequado no momento
Marcelo Osakabe
São Paulo
-
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
1.ago.2018 - O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin
O candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) voltou nesta sexta-feira (10), em São Paulo, a se posicionar contra o reajuste aprovado na quarta-feira (8) pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aos próprios salários, ao afirmar que a medida é "inadequada", dada a situação fiscal do Brasil. O aumento ainda deverá passar por análise do Congresso.
Alckmin, no entanto, evitou dizer se vetaria a medida ou se orientaria a bancada do PSDB no Congresso a derrubar a proposta.
"Vamos aguardar. Isso foi discutido apenas dentro do Poder Judiciário. O projeto nem chegou ainda ao Legislativo e pode até ser rediscutido no Judiciário", disse, quando perguntado sobre o que faria se fosse presidente e pudesse vetar a proposta. "Claro que não é o momento porque o impacto não é apenas no salário dos 11 ministros (do STF)", acrescentou, após participar de um evento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O reajuste de 16,38% aprovado pelos ministros do STF começa a refletir em outros setores públicos. Nesta sexta-feira, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprovou a proposta orçamentária que contempla um aumento de igual proporção para os membros da categoria. O impacto anual estimado do elevação do subsídio é de R$ 223,7 milhões no Ministério Público da União (MPU),
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- STF aprova reajuste de 16% para ministros da Corte em 2019; aumento será votado no Congresso
- Após decisão do STF, procuradores aprovam reajuste de 16% em seus salários
-
- Juízes do STF já ganham mais que colegas europeus, mesmo sem reajuste
- Aumento de salário não é o melhor para o Brasil, diz Cármen Lúcia
- Aumento dos ministros do STF terá 'efeito cascata' de R$ 4 bi nas contas públicas
- Alckmin diz ser um "bom sinal" ser alvo do debate: "Perigo é ser esquecido"