Vice de Bolsonaro consultará TSE para tentar participar de debates

Leonencio Nossa

Brasília

  • Pedro Ribas/ANPr - Agência de Notícias do Paraná

O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência da República, disse nesta terça-feira (11) que a campanha consultará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber da possibilidade da sua participação nos debates na TV, em substituição a Bolsonaro, que ainda se recupera da cirurgia feita em decorrência do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG).

Mourão está em Brasília para uma reunião com aliados. "A gente pode solicitar se o tribunal autoriza. Vai depender da autorização do tribunal. Porque vamos lembrar da situação do Lula e do Haddad, apesar de serem situações distintas", disse, referindo-se à impossibilidade de Haddad, até então candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula, de participar dos debates e entrevistas. Nesta terça, Haddad foi oficializado pelo PT como o candidato da sigla no lugar de Lula.

Na entrevista, ainda no aeroporto, Mourão disse que manterá as atividades que estavam previstas, como encontros com empresários e produtores rurais.

Nesta terça, ele cumpre agenda no Paraná, com encontros em Cascavel e Londrina. Na semana que vem, estará no interior de São Paulo para reforçar a campanha na base do candidato tucano Geraldo Alckmin.

Mourão ressaltou que não substitui Bolsonaro em atividades de rua. "Esse negócio de eventos de rua, ser carregado pelos ombros, não pertence a mim. Eu não sou o cara de rua. O cara de rua é ele. Ele é o líder de massa", disse o candidato a vice. Ele relatou que a equipe de campanha discute as estratégias que serão tomadas na reta final.

Mourão afirmou "desconfiar" de pesquisas que apontaram grandes índices de rejeição a Bolsonaro. "Eu tenho desconfiança, pois todo lugar que vou converso com pessoas das mais diferentes camadas sociais e não vejo que essa rejeição seja tão grande assim. Não vou dizer que a pesquisa está errada, pois seria uma leviandade. Mas prefiro esperar um pouco mais".

Nesta segunda-feira, o Datafolha divulgou que o candidato do PSL está com 43% de rejeição dos eleitores. Na semana passada, o Ibope apontou que 44% dos eleitores descartavam votar em Bolsonaro.

Sobre o tom da campanha, pós-atentado a Bolsonaro, ele disse que é fase de desconstruir os discursos adversários. "Temos de ter um discurso de desconstruir algumas coisas que foram colocadas, como aquela questão das mulheres e da violência. Colocaram que ele (Bolsonaro) não respeita as mulheres. É preciso desconstruir isso", comentou.

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