Graça Foster volta ao Congresso para falar de refinaria; oposição promete pressão
A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltará ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (30) para esclarecer as denúncias envolvendo a estatal. Agora, ela terá de explicar a compra da refinaria de Pasadena (EUA) aos deputados, em audiência às 10h.
No última dia 15, Graça afirmou, em audiência pública no Senado, que a aquisição da refinaria não foi um bom negócio. Também defendeu a presidente Dilma Rousseff e endossou sua versão de que a compra foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras com informações incompletas, que não indicavam cláusulas lesivas à empresa.
"Não existe compra 100% segura nas atividades de petróleo e gás. Não há como reconhecer na presente data que tenha sido um bom negócio", disse a executiva durante o depoimento.
Insatisfeitos com as explicações da presidente da Petrobras sobre as denúncias, deputados da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovaram um convite para que Graça explique as suspeitas de irregularidades na companhia.
“Seremos mais duros que os senadores em nossos questionamentos à presidente da Petrobras”, afirmou o deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara.
Segundo o líder, os deputados vão fazer perguntas sobre as distorções e incorreções sobre os valores para a compra de Pasadena. Reportagem do jornal “O Globo” apontou que o gasto da Petrobras com a refinaria chega a US$ 1,934 bilhão, se somados todos os valores mencionados por gestores da estatal. O valor equivale ao custo da aquisição da refinaria, de US$ 1,249 bilhão, até agora divulgado pela empresa, mais as despesas para manter o refino de petróleo na unidade sucateada. A Petrobras admitiu, em nota, que os gastos com a refinaria foram bem maiores do que o R$ 1,249 bilhão.
Para o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), Graça deve ser questionada sobre o que a responsabilidade da presidente na compra de Pasadena. Os 50% da refinaria foram comprados pela Petrobras quando Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras. Na semana passada, o ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que Dilma “não pode fugir à responsabilidade” desta operação. Gabrielli também será ouvido na Câmara sobre a declaração.
Imbassahy também disse que os negócios fechados com já com a participação de Graça Foster à frente da Petrobras também devem ser questionados durante a audiência. Ele, no entanto, não detalhou quais seriam os negócios.
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