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Executivos da Queiroz Galvão pedem à Justiça revogação de prisão temporária

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

17/11/2014 14h54Atualizada em 17/11/2014 18h45

Dois executivos da empreiteira Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho, pediram à Justiça Federal, nesta segunda-feira (17), a revogação de suas prisões temporárias. Os dois estão detidos desde a última sexta-feira (14) em Curitiba após terem suas prisões temporárias decretadas pela Polícia Federal, que os investiga no âmbito da operação Lava Jato.

Ildefonso Colares Filho é apontado pela PF como diretor-presidente da construtora Queiroz Galvão e Othon Zanoide como diretor-geral de desenvolvimento comercial da empreiteira.

Os dois são investigados no inquérito que apura o desvio de pelo menos R$ 10 bilhões em recursos da Petrobras. A dupla foi presa na última sexta-feira (14) durante a sétima fase da operação Lava Jato.

Segundo os advogados de Othon Zanoide, o suspeito não trabalha na Construtora Queiroz Galvão desde 2011. Ainda de acordo com os advogados de Zanoide, ele hoje ocupa o cargo de diretor-executivo da Queiroz Galvão Tecnologia em Defesa e Segurança S.A, que pertence ao Grupo Queiroz Galvão. No pedido de revogação de prisão, os advogados de Zanoide afirmam que a atual função do executivo não tem relação com a Petrobras.

Os advogados de Ildefonso Colares Filho alegam que o executivo se aposentou no final de 2012 e que não exerce qualquer função "administrativa ou executivo-operacional" na companhia. 

Os pedidos de revogação de prisão ainda não foram julgados pela Justiça Federal do Paraná, onde tramita o processo referente à operação Lava Jato. No último final de semana, pedidos de revogação de prisão de 11 presos foram negados pela Justiça.

Nesta segunda-feira (17), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou cinco habeas corpus para executivos da OAS

A prisão temporária tem prazo de duração de cinco dias, mas pode ser prorrogada se a autoridade policial entender que a liberdade dos suspeitos pode prejudicar as investigações.

As prisões preventivas não têm prazo determinado e podem durar até o final da instrução do processo.

A PF do Paraná ainda não informou se irá pedir a prorrogação das prisões temporárias dos suspeitos detidos durante a sétima fase da operação Lava Jato.