Ex-gerente da Petrobras deve ser o primeiro depoente da CPI na Câmara
A CPI da Petrobras aprovou a convocação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, para a próxima terça-feira (10), às 9h30. A audiência, porém, ainda depende de autorização judicial. Barusco trabalhar hoje para a Sete, outra empresa investigada pela CPI. Ele afirmou à Justiça ter recebido propinas desde 1997.
A sessão desta quinta (5) foi marcada por uma confusão que teve início após decisão do presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), de criar quatro sub-relatorias da comissão antes mesmo do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ler seu plano de trabalho.
Houve bate-boca e gritaria e parlamentares contrários à decisão argumentaram que caberia a Luiz Sérgio criar sub-relatorias, e não ao presidente da comissão. Mesmo após reclamações intensas de deputados, Motta indicou os nomes dos parlamentares que vão ocupar as quatro sub-relatorias.
Ao dizer que não iria voltar atrás na criação das sub-relatorias, o presidente da CPI argumentou que a indicação dos sub-relatores –nomes do PSDB, PR, PTB e PSC– obedeceu ao critério da proporcionalidade dos blocos partidários.
Até mesmo o presidente da Câmara defendeu a decisão de Motta, dizendo que tem “amparo regimental” e que ele tem sido auxiliado pela Secretaria-Geral da Mesa. Luiz Sérgio, no entanto, disse ter sido pego de surpresa com a decisão do presidente da comissão de criar sub-relatorias e nomear os sub-relatores. “Quero manifestar minha contrariedade”, disse.
Após a confusão, o relator leu seu plano de trabalho, que inclui a criação de mais duas sub-relatorias e prevê a oitiva dos ex-presidentes da Petrobras Maria das Graças Foster e José Sérgio Gabrielli, além da diretora-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Magda Chambriard, do doleiro Alberto Yousseff, e de ex-diretores da estatal. O plano de trabalho ainda precisa ser aprovado pela comissão.
Lista de Janot
A divulgação da lista de políticos envolvidos nas investigações gera expectativa e alimenta o clima de tensão no Congresso. Os nomes dos políticos a serem investigados podem ser conhecidos na sexta-feira (6), quando se espera que o ministro Teori Zavascki, relator das ações da operação Lava Jato, retire o sigilo sobre a lista de 54 pessoas e divulgue a íntegra dos pedidos de Janot, segundo disse à Reuters uma fonte do Supremo.
Atento à pressão política que está por vir com a divulgação dos nomes, Janot enviou carta a todos os membros do Ministério Público na quarta-feira argumentando que fez "uma opção clara e firme pela técnica jurídica" para pedir as investigações.
"Examinei cuidadosamente todas as particularidades que envolvem este caso e estabeleci um critério técnico e objetivo para adotar as medidas necessárias à cabal apuração dos fatos", escreveu. "Diante das inúmeras e naturais variáveis decorrentes de uma investigação de tamanha complexidade, fiz uma opção clara e firme pela técnica jurídica. Afastei, desde logo, qualquer outro caminho, ainda que parecesse fácil ou sedutor."
O procurador-geral disse ainda não acreditar que esses dias de "turbulência política fomentarão investidas que busquem diminuir o Ministério Público brasileiro". "Mas devemos estar unidos e fortes”, disse. (Com Agência Câmara e Reuters)
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