Dois ex-funcionários da OAS ficam em silêncio e são dispensados da CPI
Convocados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-funcionários da empreiteira OAS, optaram por permanecer em silêncio durante depoimento nesta quinta-feira (28).
Oliveira era diretor-financeiro da construtora e suspeito de autorizar repasses de propina da empresa à Petrobras por meio do doleiro Alberto Youssef. Breghirolli, segundo as investigações, era o responsável pela distribuição de dinheiro.
No depoimento de hoje, os dois alegaram que permaneceriam em silêncio por orientação de seus advogados. Como foram convocados pela CPI como investigados, não têm obrigação de responder às perguntas. Nesta sessão, eles foram liberados antes que fosse feito qualquer questionamento dos deputados.
Como costuma ocorrer em audiências em que depoentes permanecem em silêncio, a dispensa dos convocados causou protesto de deputados. O presidente em exercício, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), autorizou a saída dos depoentes mesmo assim.
Os dois convocados desta quinta foram presos em novembro do ano passado com a deflagração da sétima fase da operação Lava Jato. Em abril deste ano, eles obtiveram autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para cumprir prisão domiciliar enquanto respondem a um processo por lavagem de dinheiro e corrupção na Justiça Federal de Curitiba por suspeita de intermediar propinas a diretores da Petrobras.
De acordo com as investigações, o cartão de visitas de Oliveira foi apreendido no escritório de Youssef e ele mencionado em diversas mensagens interceptadas o doleiro. Breghirolli esteve diversas vezes no escritório de Youssef, indicam os registros dos acessos de visitantes do local. A representação aponta 26 entradas dele no local, inclusive com datas, horários e registros fotográficos.
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