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Defesa de Garotinho diz que prisão é "arbitrária e ilegal"

Garotinho, que é secretário de Segurança em Campos, foi preso pela PF - Inácio Teixeira/Divulgação
Garotinho, que é secretário de Segurança em Campos, foi preso pela PF Imagem: Inácio Teixeira/Divulgação

Do UOL, no Rio

16/11/2016 12h55

A defesa do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) classificou de "arbitrária e ilegal" a prisão dele nesta quarta-feira (16) e informou que entrará com habeas corpus para tentar liberá-lo.

Garotinho, que é secretário municipal de Segurança em Campos dos Goytacazes (RJ), foi preso pela Polícia Federal na manhã de hoje, em seu apartamento no Flamengo, na zona sul da capital fluminense. 

A ordem de prisão foi decretada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral, em Campos dos Goytacazes (RJ), que investiga um esquema de compra de votos na cidade. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral.

Em nota, o criminalista Fernando Augusto Fernandes, responsável pela defesa de Garotinho, afirmou "que o decreto de prisão ocorrido em razão de decisão da 100ª Vara Eleitoral de Campos vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Superior Tribunal Eleitoral".

“A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca [100ª Vara Eleitoral de Campos]", continua a nota.

"Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho", conclui o texto.