Globo divulga imagens da cela onde Eike Batista está preso no Rio
Imagens exclusivas divulgadas pela edição do “Jornal Nacional”, da TV Globo, dessa terça-feira (31) deram detalhes de como é a cela de número 12, com 15 metros quadrados, onde o empresário Eike Batista está preso, na Cadeia Pública Bandeira Stampa (Bangu 9), no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
As fotos mostram a cama de cima de um beliche de concreto onde Eike está dormindo. Nela há um colchão coberto por um lençol azul, uma sacola, uma garrafa de água mineral e um livro, que segundo a "Globo' é uma Bíblia.
Em outra imagem, aparecem as camas dos presos Álvaro José Galliez Novis e Wagner Jordão Garcia --também presos durante a Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio--, acusados de envolvimento com esquema de corrupção e lavagem de dinheiro da quadrilha que, segundo investigações, tinha o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) como líder.
Como não tem diploma universitário, o empresário ocupa uma cela comum e a compartilha com outros cinco detentos.
O presídio Bandeira Stampa foge à realidade de superlotação de outras unidades no Estado, por isso, a realidade da cela de Eike é bem diferente da de outras pessoas privadas de liberdade em outros presídios.
De acordo com a Defensoria Pública, são 419 presos para 547 vagas. São enviados para o Bangu 9 os presos relacionados às milícias e é também onde estão detentos de casos famosos, como os responsáveis pela morte do menino João Hélio e pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli. Com 51.113 detentos, o Rio conta com apenas 27.242 vagas.
Outra imagem divulgada pelo "Jornal Nacional" mostra um buraco no chão, conhecido como “boi”, que serve como vaso sanitário. Nela é possível ver um ventilador. Não há chuveiro no local. O banho só é possível com o uso de um cano, de onde sai apenas água fria.
Em outra imagem há uma televisão pregada na parede.
A última mostra até a quentinha que foi servida aos presos, contendo feijão, arroz, farofa e salsicha. Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro), para o almoço, os detentos da unidade têm direito a arroz ou macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frango ou peixe), salada, refresco e fruta ou doce de sobremesa.
De café da manhã é servido café com leite e pão com manteiga. O lanche oferecido tem suco e bolo.
Eike tem direito a duas horas de banho de sol e poderá receber visitas assim que seus familiares fizerem a carteirinha de cadastro, que demora, em média, 15 dias para ficar pronta. As visitas em Bangu 9 são feitas diariamente, exceto às terças-feiras. No entanto, há uma divisão dos dias por ala. Cada preso recebe, em média, duas visitas por semana.
Eike é investigado por corrupção durante a gestão de Cabral e acusado de ter pago ao ex-governador US$ 16,5 milhões em remessas ao exterior.
O empresário já foi um dos homens mais ricos do mundo, mas viu seu império ruir nos últimos anos após fracassos no mercado financeiro.
Filho de um empresário da mineração, Eike começou sua vida profissional vendendo apólices de seguro de porta em porta quando morava com a família na Alemanha em paralelo à faculdade de metalurgia em Aachen (Alemanha).
No começo dos anos 1980, soube da corrida pelo ouro no Brasil e decidiu largar a faculdade. De volta ao país, começou a fazer negócios na área de mineração.
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