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Governador do Rio de Janeiro se afasta do cargo para tratar da saúde

REUTERS/Adriano Machado
Imagem: REUTERS/Adriano Machado

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

14/07/2017 13h13

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), 62, pediu licença médica para cuidar da saúde. De acordo com a assessoria de imprensa do Estado, Pezão irá se afastar temporariamente do cargo “devido a problemas de saúde, relacionados ao seu quadro metabólico (descompensação do diabetes, aumento de peso, entre outros)”.

Ele irá entrar de licença no domingo (16) e retornará às suas funções em uma semana, no dia 23.

O governador passou boa parte de 2016 afastado do cargo para tratar um câncer linfático. Ele deixou o cargo em março, reassumindo suas funções em outubro, após sete meses de licença médica.

Ao todo, foram seis ciclos de quimioterapia entre março e julho, quando foi dispensado das duas últimas etapas do tratamento, pois exames apontaram "resolução completa" do quadro de linfoma. 

Em seu lugar assume o vice, Francisco Dornelles (PP), de 82 anos.

Crise 

Com o Estado em grave crise financeira, Pezão conseguiu aprovar na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na semana passada os últimos detalhes necessários para a adesão ao RRFE (Regime de Recuperação Fiscal dos Estados) proposto pela União. Segundo Pezão, o plano de recuperação é a única alternativa para quitar os salários atrasados dos servidores.

O RRFE inclui a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), revisão das regras previdenciárias para os servidores, entre outros fatores. 

Atualmente, há categorias que não receberam parte do mês de abril e os meses de maio e junho, além do 13º do ano passado. Com o socorro, Pezão espera regularizar a folha em até 60 dias.

O prazo de vigência do plano de recuperação fiscal é de três anos, renováveis por mais três. Há ainda pontos a serem discutidos que passam pela projeção de receitas e despesas do governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) --que sancionou, em 30 de junho, a lei que fixa o teto de gastos no Estado.

A medida afeta o caixa não só do Executivo, mas também do Legislativo e do Judiciário. Foi a última exigência cumprida a fim de destravar o processo de entrada do Rio no RRFE.

O regime de recuperação fiscal permitirá ao governo Pezão atrasar o pagamento de dívidas com a União pelos próximos três anos --o que resultará em uma arrecadação, nesse período, de R$ 61 bilhões.

Atualmente, o Estado tem um déficit anual na ordem de R$ 20 bilhões, segundo projeção para 2018.