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Toffoli arquiva inquérito contra ex-ministro Bruno Araújo

Bruno Araújo concede entrevista no Ministério das Cidades, em maio de 2016 - 18.mai.2016 - André Dusek/Estadão Conteúdo
Bruno Araújo concede entrevista no Ministério das Cidades, em maio de 2016 Imagem: 18.mai.2016 - André Dusek/Estadão Conteúdo

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

02/07/2018 15h07

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento do inquérito contra o ex-ministro e deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), aberto a partir das delações da Odebrecht.

Executivos da empreiteira afirmaram que Araújo teria recebido R$ 600 mil nas campanhas eleitorais de 2010 e 2012, do setor de propina da empresa.

A defesa do deputado afirma que as doações recebidas foram declaradas à Justiça Eleitoral e que não houve irregularidade.

O inquérito foi instaurado em abril de 2017 e em maio deste ano a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a prorrogação da investigação por mais 60 dias.

Mas, na última sexta-feira (29), Toffoli determinou o arquivamento da investigação. Na decisão, o ministro afirma que as investigações duraram por tempo demais sem que fosse possível apresentar provas das declarações dos colaboradores.

"O presente inquérito perdura por prazo significativo, com prorrogações sucessivas, sem que tenham aportado nos autos elementos informativos que se possa considerar elementos de corroboração às declarações dos colaboradores, ou provas outras", diz Toffoli na decisão.

Bruno Araújo foi ministro das Cidades no governo do presidente Michel Temer (MDB).