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Bolsonaro elogia economia e faz piada homofóbica: 'Hétero virou qualidade'

Do UOL, em São Paulo

05/03/2020 19h54

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) elogiou o crescimento da economia brasileira em transmissão realizada ao vivo, na noite de hoje, pelas redes sociais. Além disso, o chefe do Executivo não se intimidou com as câmeras e fez uma piada homofóbica.

Durante a live, Jair Bolsonaro reproduziu o entusiasmo que ouviu de um grupo de empresário, em encontro promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mesmo depois do resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019. O resultado, divulgado ontem, apontou que a economia brasileira cresceu apenas 1,1%, número abaixo dos dois anos anteriores.

"Fomos para ouvir os empresários. E ouvimos muita coisa. Eles [os empresários] estão felizes em relação ao que está acontecendo com a economia do Brasil. Nunca sentiram tanta confiança no trabalho do governo, de forma geral. Então, a economia brasileira está indo muito bem, segundo Paulo Guedes, testemunhado e comprovado por empresários de São Paulo", disse Bolsonaro.

"E a imprensa do outro lado, reclamando: 'Olha o pibinho, olha o pibinho'", completou, referindo-se a um dos memes lançado no Twitter. O termo "pibinho" foi criado no Governo Dilma.

"Hétero virou qualidade"

Mesmo diante das câmeras, Bolsonaro também fez uma piada homofóbica durante a transmissão ocorrida nas redes sociais.

"Você [Jorge Seif Jr., secretário da Pesca] falou sobre beijo hétero, né? Hoje, um empresário falou sobre as qualidades do presidente: honesto, trabalhador, falou muita coisa... faltou falar hétero. Hétero passou a ser qualidade, né?", disse Bolsonaro, rindo.

Em seguida, o presidente se queixou do "politicamente correto" e disse que está ficando chato viver no Brasil.

"[A imprensa] procura uma palavrinha esquisita. 'Ó, falou que o cara pesa 8 arrobas'. Não pode, aquela polêmica toda. Criticou mulher, gay. Estamos perdendo o direito de fazer piada. Será que vamos ofender os gordinhos agora? Os carecas? Está chato de viver no Brasil dessa maneira."