Veja troca de mensagens que Miranda diz ter tido com irmão sobre a Covaxin
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, apresentaram hoje à CPI da Covid um conjunto de mensagens de WhatsApp que teriam trocado entre os dias 19 e 24 de março. Segundo o parlamentar, os recados exibidos foram trocados entre eles e com outros envolvidos na compra da vacina Covaxin. Luis Ricardo afirma ter sofrido pressão do governo para acelerar a compra da vacina.
As mensagens fazem parte de uma apresentação em Power Point com 35 slides, contextualizando a denúncia de Miranda contra o governo. Leia a apresentação na íntegra.
A apresentação mostra trocas de mensagens com o coronel Marcelo Bento Pires, então coordenador de Logística do Ministério, e o tenente-coronel Alex Lial Marinho, ex-coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos. O coronel Pires, segundo eles, cobrava o andamento da negociação. No dia 31 de março, uma semana depois da última destas conversas, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negou a o pedido do ministério para importação e distribuição dos imunizantes da empresa indiana.
Confira na íntegra a troca de mensagens:
Veja as mensagens de Luis Miranda e do irmão sobre a Covaxin
Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado, com Cel. Marcelo Bento Pires e Alex Lial Marinho, ambos do Ministério da Saúde
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Luis Ricardo Miranda questiona lisura da empresa Precisa, que intermediou compra da Covaxin com a Bharat Biotech. Segundo ele, o chat "Juntos somos mais fortes" era um "grupo de amigos"
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Conversa em que Luis Miranda pede a Diniz Coelho, ajudante de ordens de Bolsonaro, que avise ao presidente sobre um "esquema de corrupção pesado" na compra das vacinas
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Luis Miranda discute, com o irmão Luis Ricardo, sobre a maneira de denunciar a pressão que ele estaria sofrendo
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Luis Ricardo diz ao irmão que estava em contato com Roberto Ferreira Dias, do Departamento de Logística em Saúde do ministério
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Luis Ricardo Miranda envia ao irmão o invoice (recibo) da empresa Madison Biotech, de Singapura, que ele estaria sendo pressionado a assinar. No dia seguinte, novo aviso ao ajudante de ordens de Bolsonaro
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Em conversa com o ajudante de ordens de Bolsonaro, três dias depois do primeiro aviso, Miranda pergunta se o presidente "está chateado" com ele. Diniz nega
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Deputado Luis Miranda e o irmão, Luis Ricardo, falam sobre o envio de vacinas da Covaxin próximas da data de vencimento
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Luís Ricardo informa ao irmão que havia sido chamado a dar depoimento ao MPF (Ministério Público Federal), que já apurava o caso
Divulgação* Com Gabriel Toueg, colaboração para o UOL, em São Paulo
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