Topo

Esse conteúdo é antigo

Conversas entre Alckmin e Lula causam desconforto, diz presidente do PSDB

Do UOL, em São Paulo

30/11/2021 14h11Atualizada em 30/11/2021 15h11

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse hoje que as recentes articulações e conversas entre Geraldo Alckmin, tucano de saída do partido e ex-governador de São Paulo, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm causado "profundo desconforto" na sigla.

Segundo Araújo, "de modo geral", o PSDB tem dado oportunidades para que Alckmin siga no partido. Mas existiria um limite para esse desejo: a avaliação pessoal do ex-governador paulista.

Os movimentos de diálogo com o ex-presidente Lula, um adversário político e histórico do PSDB, são coisas que geram um ambiente de desconforto. Bruno Araújo, presidente do PSDB

Araújo afirmou que Alckmin merece "todo o respeito" do PSDB, tendo em vista o seu histórico na sigla.

Embora a desfiliação não tenha sido oficializada ainda, Alckmin estaria deixando o partido por divergências com o atual governador de São Paulo e pré-candidato tucano para as eleições de 2022, João Doria.

O ex-governador acusa o atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes de o ter traído politicamente ao ter apoiado o então candidato e hoje presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018.

Conversas

Alckmin e Lula estariam negociando uma chapa presidencial encabeçada pelo petista e com o ex-governador paulista de vice nas eleições de 2022.

Hoje, mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul, Lula disse que espera Alckmin definir para qual partido migrará para, então, definir a possível chapa em 2022.

Ontem, presidentes de centrais sindicais ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmaram que Alckmin fez acenos e sinalizações a Lula durante uma reunião com eles, embora não tenha falado explicitamente em ser vice do petista.

Atualmente, as principais opções do ex-governador são o PSD e o PSB. Na primeira sigla, Alckmin conta com apoio público do presidente do partido, Gilberto Kassab; na segunda, a filiação do atual tucano passa por palanques do PT nos estados.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Lula e Alckmin terão um novo encontro nesta semana para discutir, novamente, a possível aliança.