Confira alguns avanços da medicina em 2013


O ano foi marcado por pesquisas que, embora tenham sido feitas no laboratório ou em animais, fizeram os cientistas descobrirem mecanismos que podem levar, no futuro, ao controle de doenças como o alzheimer, ou à criação de um anticoncepcional para homens, por exemplo. Mas houve avanços mais próximos da nossa realidade, também, como o primeiro caso de cura "funcional" da Aids. Veja alguns estudos selecionados pelo UOL Saúde:

Câncer

O uso da imunoterapia contra o câncer foi escolhido como o maior avanço científico do ano pela revista "Science". A estratégia, que consiste em fazer com que o sistema imunológico dos pacientes reconheça e ataque células tumorais, deu provas concretas de que pode funcionar e tem potencial para revolucionar a oncologia. O tema é pesquisado desde a década de 1980, com altos e baixos - incluindo várias decepções. Em 2013, porém, resultados preliminares de um grande ensaio clínico, com mais de 1,8 mil pacientes com melanoma (câncer de pele), deram uma nova injeção de ânimo no campo

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Aids

Uma equipe de virologistas dos EUA anunciou, em março, o primeiro caso de cura "funcional" da Aids, ou seja, a presença do vírus é tão débil que o organismo consegue controlá-lo sozinho. Trata-se de uma criança que nasceu com o HIV transmitido pela mãe e recebeu remédios menos de 30 horas após o parto. A única cura total da Aids oficialmente reconhecida ocorreu com o americano Timothy Brown, declarado livre do HIV após realizar um transplante de médula óssea de um doador que apresentava uma mutação genética rara que impede o vírus de penetrar na células. Duas outras tentativas parecidas anunciadas como bem-sucedidas este ano acabaram frustradas: traços do HIV foram detectados nos pacientes. Nestes casos, porém, as medulas não eram de indivíduos com resistência genética ao vírus.

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Coração

Um coração artificial autônomo foi implantado em um paciente que sofria de insuficiência cardíaca terminal por uma equipe do hospital Georges Pompidou, em Paris, um feito inédito no mundo. A cirurgia abre novas perspectivas a pacientes condenados pela escassez de órgãos disponíveis para transplante. A prótese, feita por uma empresa francesa, imita totalmente um coração humano normal, com dois ventrículos que movimentam o sangue como faria o músculo cardíaco, com sensores que permitem acelerar e desacelerar o coração.

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Transplante de face

Uma jovem chinesa de 17 anos recebeu um transplante completo de face, em outubro, depois que o novo rosto havia sido implantado em seu tórax durante alguns meses para que se desenvolvesse. A moça ficou gravemente desfigurada em um incêndio quando tinha cinco anos, no qual perdeu as pálpebras, o queixo e parte da orelha direita. O transplante ocorreu algum tempo após outro cidadão receber um nariz novo que cresceu durante meses em sua testa. Também este ano, em maio, um homem de 33 anos recebeu o primeiro transplante de rosto total da Polônia e um dos mais extensos realizados até agora em todo o mundo, já que incluiu a mandíbula e a parte inferior da bacia dos olhos. 

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Síndrome de Down

A inserção de um gene pode calar a cópia extra do cromossomo 21 que causa a síndrome de Down, segundo um estudo publicado na revista "Nature" em julho. O método pode ajudar pesquisadores a identificar os caminhos celulares por trás dos sintomas como deficiência cognitiva e desenvolver tratamentos direcionados. A pesquisa foi feita com células-tronco em laboratório. A descoberta fornece a primeira evidência de que o defeito genético, um cromossomo 21 extra, além dos dois que todos nós carregamos, pode ser suprimido em células em cultura in vitro. Os humanos possuem 23 pares de cromossomos, sendo um deles o responsável pelo sexo. Apesar de receber com entusiasmo a notícia, os cientistas alertam que ainda não é possível saber se a técnica pode ser aplicada em humanos.

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Alzheimer

Manchetes que anunciam o caminho para a cura do Alzheimer não são raras e, este ano, os resultados de uma pesquisa feita em camundongos fizeram diversos veículos publicarem algumas delas. Cientistas britânicos anunciaram, em outubro, a primeira substância química capaz de evitar a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios. Ainda é necessário maior investigação para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas manifestaram bastante otimismo. Outras pesquisas anunciadas este ano trouxeram esperanças de que em breve será possível diagnosticar a doença de maneira mais simples, pela análise de células da retina ou de estruturas do sangue. 

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Obesidade

Um estudo em curso na Grã-Bretanha está testando o uso de hormônios para combater a obesidade e substituir cirurgias de redução de estômago em pacientes obesos. Os hormônios são praticamente os mesmos liberados naturalmente pelo corpo após todas as refeições e que indicam ao corpo que a fome foi saciada. Os médicos perceberam que esses mesmos hormônios são liberados em grandes quantidades pelo corpo de pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica. Mas ainda serão necessários cerca de nove anos até que o medicamento hormonal esteja devidamente testado, aprovado e pronto para ser comercializado.

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Contracepção

Um grupo de cientistas australianos desenvolveu uma pílula anticoncepcional para homens que bloqueia o transporte de espermatozoides, mas não afeta seu desenvolvimento. Durante os testes científicos, os ratos que receberam o produto tiveram relações sexuais mas não ejacularam esperma. O chefe da pesquisa afirmou que espera comercializar o anticoncepcional para homens nas farmácias em cerca de dez anos. Ele terá forma de pílula e provavelmente terá que ser ingerida diariamente. Se após algum tempo o homem quiser ter filhos, terá apenas que deixar de tomar a pílula. As tentativas anteriores de criar um anticoncepcional masculino estavam focadas em anular as funções do espermatozoide, o que gerou preocupações em relação a problemas de infertilidade.

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