Cientistas africanos anunciam pílula de dose única contra a malária
Cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, anunciaram o desenvolvimento de um novo remédio para combater a malária. Sem nome comercial, ele é apresentado apenas pela sigla MB 390048.
O medicamento promete combater os cinco tipos conhecidos da doença com um único comprimido, tomado de uma só vez. Testes realizados em animais mostram que o micro-organismo causador da malária, o protozoário Plasmodium, desapareceu do organismo após uma dose do produto. E o medicamento ainda impede que o mosquito Anopheles transmita o mal a outras pessoas depois de picar alguém infectado.
Em 2010, a OMS (Organização Mundial da Saúde), órgão ligado a ONU, registrou 216 milhões de casos em todo o mundo. A malária causa, entre outras coisas, febre, mal-estar, fortes calafrios e anemia. Sem o tratamento adequado, que deve ter início logo após aparecerem os primeiros sintomas, a doença pode levar à morte.
No ano passado, cerca de 1 milhão de pessoas morreram de malária no mundo – 890 mil só na África Subsaariana. No Brasil, 97% dos casos ocorrem na Amazônia. As principais vítimas são as crianças. As autoridades de saúde estimam que, no Continente Africano, uma criança morra a cada quarenta e cinco segundos por causa da malária.
Os cientistas sul-africanos comemoram o feito: é a primeira vez que uma pesquisa feita na África por pesquisadores locais chega a resultados tão concretos. Em um continente marcado por miséria, grandes distâncias e comunidades isoladas na selva, o remédio recém-descoberto traz grande esperança. Segundo os pesquisadores, com a nova tecnologia, em duas ou três décadas pode ser possível erradicar a malária em todo o mundo.
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