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Número de mortes por coronavírus em SP dobra em dez dias, diz Secretaria

Conselho Regional de Medicina de SP homenagea médicos que estão enfrentando a pandemia do novo coronavírus - NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO
Conselho Regional de Medicina de SP homenagea médicos que estão enfrentando a pandemia do novo coronavírus Imagem: NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

02/05/2020 18h00

O estado de São Paulo viu o número de mortos pelo novo coronavírus dobrar em dez dias. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o órgão, 2.586 pessoas morreram devido à doença. Em 22 de abril, o estado tinha 1.134 vítimas fatais da pandemia, um crescimento de 128%.

Nas últimas 24 horas, o estado registrou 800 novos infectados (ontem eram 30.374 positivos, hoje o número chega a 31.174) e 75 novos óbitos confirmados (ontem eram 2.511).

Outro dado que chama atenção: neste mesmo intervalo de dez dias, aumentou em 50% o número de municípios com pelo menos um óbito em decorrência da covid-19. Há dez dias, 100 cidades paulistas haviam registrado mortos, hoje são 150.

O número de pessoas infectadas praticamente duplicou desde 22 de abril, saltando de 15.914 para 31.174 casos, e o vírus chegou a 91 novas cidades — antes eram 241 municípios com casos confirmados, agora são 332. Com isso, interior, litoral e Grande São Paulo concentram juntos 37,4% dos infectados.

Os hospitais do estado têm hoje 8,7 mil pacientes internados, sendo 3.387 deles na UTI.

Neste sábado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a pacientes com coronavírus é de 66,2% no estado de São Paulo e 87,5% na Grande São Paulo. Ao mesmo tempo, a taxa de isolamento foi de 56% ontem, abaixo do recomendado pelas autoridades de saúde que é de 70%.

Perfil das vítimas

Entre as vítimas fatais, 1.517 são homens e 1.069 são mulheres.

Pacientes com 60 anos ou mais representam 73,5% das mortes — a maioria entre 70 e 79 anos.

Os principais fatores de risco associados à mortalidade por coronavírus são cardiopatia (60,1% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (11,7%), doença neurológica (11,5%) e pneumopatia (10,9%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.