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Fiocruz sofre com IFA a 'conta-gotas' e prevê doses até 10 de julho

Aplicação de dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em Duque de Caxias (RJ) - RICARDO MORAES/REUTERS
Aplicação de dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em Duque de Caxias (RJ) Imagem: RICARDO MORAES/REUTERS

Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

07/06/2021 17h15

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) informou hoje que receberá um novo lote de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) no próximo sábado (12).

A remessa prevê entregas de doses semanais da vacina Astrazeneca/Oxford até o dia 10 de julho, mas não há garantia sobre volume ou novas entregas após essa data.

A fundação disse que irá informar ao longo desta semana sobre a quantidade de doses do mês que vem.

No entanto, o recebimento de insumo a "conta-gotas" já complicou o cronograma. Havia a previsão de 34 milhões de doses entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização) em junho, mas a interrupção da produção em maio reduziu a meta em 45% e somente 18,5 milhões de doses estão previstas.

A BioManguinhos, fábrica responsável pelas vacinas, interrompeu a produção em 19 de maio e retomou somente no dia 25, por falta de IFA. Na ocasião, a fundação já havia sinalizado que o volume a ser entregue após a retomada da produção seria afetado.

Em nota, a Fiocruz afirmou hoje estar em tratativa para acelerar o recebimento dos insumos, "uma vez que a instituição permanece com capacidade de produção superior a de disponibilização".

O início da produção de IFA nacional pela Fiocruz continua com data incerta.

Corrida para cumprir a meta

Com a redução das doses a serem entregues em junho, a Fiocruz promete terminar o primeiro semestre com cerca de 66 milhões de doses entregues ao PNI, sendo 4 milhões destas importadas da Índia.

A meta até o final de julho é entregar 100 milhões de doses. Para cumpri-la, a Fiocruz terá de manter a produção de mais de 1 milhão de doses ao dia, sem interrupção na chegada de IFA.

Outra alteração a partir deste mês é na logística. O quantitativo reservado ao estado do Rio de Janeiro não terá mais de ir até o almoxarifado do Ministério da Saúde, em São Paulo, para depois retornar ao estado de origem —a BioManguinhos fica na capital fluminense. Agora, o Rio receberá suas doses às sextas e o Ministério da Saúde aos sábados.

A quantidade de doses, entretanto, continua a ser definida pelo ministério. De acordo com a Fiocruz, o pedido de mudança foi feito pela Coordenação de Logística da pasta.