Clinton: é preciso 'mudar' posição de Rússia e China sobre Síria


TÚNIS, Tunísia, 24 Fev 2012 (AFP) -A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, afirmou nesta sexta-feira que a comunidade internacional deve trabalhar para que Rússia e China mudem sua posição sobre as sanções contra o regime sírio.

"Devemos trabalhar para mudar a posição de Rússia e China", disse Clinton à imprensa após a conferência internacional sobre a Síria em Túnis. "Precisam compreender que estão contrariando não apenas as aspirações do povo sírio, mas de toda a 'primavera árabe'".

Clinton destacou que quanto antes China e Rússia decidirem "apoiar as ações do Conselho de Segurança (da ONU), mais cedo conseguiremos uma resolução que nos permita tomar as medidas que todos sabemos necessárias" contra o regime do presidente Bashar al Assad.

A secretária de Estado qualificou de lamentável "ver dois membros do Conselho de Segurança utilizando seu poder de veto quando há mulheres, crianças e jovens assassinados".

Mais cedo, Clinton advertiu que Assad "pagará um alto preço" por ignorar a vontade da comunidade internacional ao reprimir violentamente a oposição, e que a reunião em Túnis tinha por objetivo "aumentar a pressão sobre o regime sírio e aprofundar seu isolamento".

A chefe da diplomacia americana pediu um aumento das "proibições de viagens aos altos responsáveis do regime, congelamento de seus bens, boicote ao petróleo sírio, suspensão de qualquer novo investimento e estudar o fechamento das embaixadas e consulados".

Hillary também anunciou uma ajuda urgente enviada pelos Estados Unidos para contribuir no combate à crescente crise humanitária na Síria.

"Não podemos esperar que esta crise se torne uma catástrofe ainda maior. Hoje estou anunciando que os Estados Unidos estão fornecendo 10 milhões de dólares para ampliar rapidamente os esforços humanitários, incluindo o apoio aos refugiados", disse.

A ajuda consistirá em equipes médicas e de emergência, água potável, alimentos, cobertores, aquecedores e material de higiene pessoal destinada a civis sírios que necessitem, segundo Clinton.

Esta ajuda não é tudo, acrescentou. "Os Estados Unidos oferecerão mais ajuda humanitária nos próximos dias", anunciou.

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