Vítimas de abuso sexual divulgam manifesto contra Papa
León, México, 24 Mar 2012 (AFP) -Vítimas de abusos sexuais do falecido padre mexicano Marcial Maciel, fundador da congregação Legionários de Cristo, publicaram neste sábado, no México, um manifesto acusando o Papa Bento XVI de ignorá-los durante sua visita ao país.
"Por vossas mãos passou a oportunidade de aceitar esta verdade (dos abusos sexuais de Marcial Maciel), mas não nos escutou. Durante muito tempo fomos ignorados", destaca o manifesto divulgado em León, 400 km a noroeste da Cidade do México, onde o Papa está hospedado desde a sexta-feira.
O documento lembra que oito ex-legionários denunciaram publicamente, a partir de 1997, os abusos sexuais praticados por Maciel.
Em 1998, formalizaram a denúncia na Congregação para a Doutrina da Fé, dirigida por Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, mas apenas em 2004 a Igreja decidiu iniciar a investigação, concluída um ano após a eleição do atual Papa.
Em maio de 2006, Bento XVI obrigou Maciel - falecido dois anos depois - a "renunciar a qualquer ministério público" e a "se retirar para uma vida de oração e penitência".
Maciel fundou em 1941 os Legionários de Cristo, que hoje dirigem universidades em mais de 22 países, contam com três bispos e já foram uma das mais poderosas organizações da Igreja Católica.
Durante o papado de João Paulo II, Maciel gozou de um tratamento privilegiado, apesar das denúncias de abusos sexuais contra menores e de manter uma vida dupla, com duas mulheres e vários filhos.
"Por vossas mãos passou a oportunidade de aceitar esta verdade (dos abusos sexuais de Marcial Maciel), mas não nos escutou. Durante muito tempo fomos ignorados", destaca o manifesto divulgado em León, 400 km a noroeste da Cidade do México, onde o Papa está hospedado desde a sexta-feira.
O documento lembra que oito ex-legionários denunciaram publicamente, a partir de 1997, os abusos sexuais praticados por Maciel.
Em 1998, formalizaram a denúncia na Congregação para a Doutrina da Fé, dirigida por Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, mas apenas em 2004 a Igreja decidiu iniciar a investigação, concluída um ano após a eleição do atual Papa.
Em maio de 2006, Bento XVI obrigou Maciel - falecido dois anos depois - a "renunciar a qualquer ministério público" e a "se retirar para uma vida de oração e penitência".
Maciel fundou em 1941 os Legionários de Cristo, que hoje dirigem universidades em mais de 22 países, contam com três bispos e já foram uma das mais poderosas organizações da Igreja Católica.
Durante o papado de João Paulo II, Maciel gozou de um tratamento privilegiado, apesar das denúncias de abusos sexuais contra menores e de manter uma vida dupla, com duas mulheres e vários filhos.