EUA alertaram Chávez sobre suposto complô para assassiná-lo em 2002
WASHINGTON, 26 Mar 2013 (AFP) - Os Estados Unidos alertaram em 2002 o presidente venezuelano Hugo Chávez sobre um suposto plano para assassiná-lo, afirmou nesta terça-feira o ex-encarregado para a América Latina do Departamento de Estado, Otto Reich.
Reich, que também foi embaixador na Venezuela, negou que Washington tenha tido relação com a morte de Chávez em consequência de um câncer, em 5 de março, como sugeriu o presidente interino e favorito às eleições venezuelanas de 14 de abril, Nicolás Maduro.
"Apesar da hostilidade que que caracterizou a relação americana com Chávez, não só é falso acusar os Estados Unidos de terem matado Chávez, como a verdade é que provavelmente evitamos seu assassinato em mais de uma ocasião", disse Reich em artigo publicado no site da organização Fórum Américas.
Reich, que foi acusado diretamente por Maduro de estar por trás dos planos desestabilizadores contra a Venezuela, disse que essa advertência foi feita a Chávez em 2002, semanas depois do golpe de Estado de abril daquele ano que o tirou do poder por 48 horas.
Na época vice-secretário de Estado para a América Latina, Reich teve conhecimento de um plano que "parecia ao menos plausível", razão pela qual autorizou o embaixador em Caracas na época, Charles Shapiro, "a notificar Chávez sobre a conspiração".
Apesar de Chávez estar "abusando, censurando e desmantelando as instituições civis" da democracia venezuelana, "a política americana exige que, se os Estados Unidos não estão em guerra com um país, notifiquem o chefe de Estado caso tenham conhecimento de um complô contra ele", explicou.
"Chávez teve sorte porque Shapiro e eu trabalhamos para um governo, cujos oficiais levam a lei a sério", afirmou.
Chávez respondeu com surpresa ao fato de que Washington o estivesse advertindo sobre um plano para matá-lo, relatou o embaixador Shapiro a Reich.
Não houve dados posteriores sobre o complô, admitiu Reich, nem "nunca saberemos se era real ou não". Mas se tivesse sido assim, o país "que Chávez mais odiava e repetidamente insultava" teria ajudado a salvar sua vida, afirmou.
"Agora Maduro mente acusando os Estados Unidos de provocar o câncer em Chávez ou de matar venezuelanos. Isto não surpreende. Para se manter no poder, os déspotas mentem e enganam", criticou Reich, um conhecido crítico dos governos de esquerda da região.
O governo venezuelano anunciou na semana passada a suspensão de seus contatos diplomáticos informais com Washington para tentar melhorar as relações, o que foi recebido com "decepção" pelos Estados Unidos.
Os dois países estão sem embaixadores em suas capitais desde 2010.
Reich, que também foi embaixador na Venezuela, negou que Washington tenha tido relação com a morte de Chávez em consequência de um câncer, em 5 de março, como sugeriu o presidente interino e favorito às eleições venezuelanas de 14 de abril, Nicolás Maduro.
"Apesar da hostilidade que que caracterizou a relação americana com Chávez, não só é falso acusar os Estados Unidos de terem matado Chávez, como a verdade é que provavelmente evitamos seu assassinato em mais de uma ocasião", disse Reich em artigo publicado no site da organização Fórum Américas.
Reich, que foi acusado diretamente por Maduro de estar por trás dos planos desestabilizadores contra a Venezuela, disse que essa advertência foi feita a Chávez em 2002, semanas depois do golpe de Estado de abril daquele ano que o tirou do poder por 48 horas.
Na época vice-secretário de Estado para a América Latina, Reich teve conhecimento de um plano que "parecia ao menos plausível", razão pela qual autorizou o embaixador em Caracas na época, Charles Shapiro, "a notificar Chávez sobre a conspiração".
Apesar de Chávez estar "abusando, censurando e desmantelando as instituições civis" da democracia venezuelana, "a política americana exige que, se os Estados Unidos não estão em guerra com um país, notifiquem o chefe de Estado caso tenham conhecimento de um complô contra ele", explicou.
"Chávez teve sorte porque Shapiro e eu trabalhamos para um governo, cujos oficiais levam a lei a sério", afirmou.
Chávez respondeu com surpresa ao fato de que Washington o estivesse advertindo sobre um plano para matá-lo, relatou o embaixador Shapiro a Reich.
Não houve dados posteriores sobre o complô, admitiu Reich, nem "nunca saberemos se era real ou não". Mas se tivesse sido assim, o país "que Chávez mais odiava e repetidamente insultava" teria ajudado a salvar sua vida, afirmou.
"Agora Maduro mente acusando os Estados Unidos de provocar o câncer em Chávez ou de matar venezuelanos. Isto não surpreende. Para se manter no poder, os déspotas mentem e enganam", criticou Reich, um conhecido crítico dos governos de esquerda da região.
O governo venezuelano anunciou na semana passada a suspensão de seus contatos diplomáticos informais com Washington para tentar melhorar as relações, o que foi recebido com "decepção" pelos Estados Unidos.
Os dois países estão sem embaixadores em suas capitais desde 2010.