Oposição cubana denuncia 150 detenções antes da visita do Papa
HAVANA, 26 Mar 2012 (AFP) -Um grupo opositor cubano denunciou nesta segunda-feira que pelo menos 150 dissidentes foram detidos nos últimos dias para impedir que protestem durante a visita do papa Bento XVI, que começa hoje.
"A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional pode confirmar que, neste momento, o número de detidos nos últimos quatro dias é de pelo menos 150 dissidentes pacíficos", disse o presidente da Comissão, Elizardo Sánchez.
"São detenções preventivas", declarou Sánchez à AFP.
Além disso, "um número parecido foi proibido de sair de suas casas ou de assistir às missas ou recepções do papa nos lugares que ele percorrerá", acrescentou o líder da Comissão, que é ilegal, mas tolerada pelo governo comunista.
Bento XVI chega na segunda-feira à ilha, proveniente do México, para uma visita que se prolongará até a quarta-feira, durante a qual celebrará duas missas campais, em Santiago de Cuba (sudeste) e Havana.
O Vaticano descartou um encontro do pontífice com opositores, que o governo considera "mercenários" dos Estados Unidos.
As autoridades cubanas não informaram sobre as prisões, mas alertaram no começo de março que não admitiriam protestos durante a visita e nas convocações pelos bairros para assistir às missas, também pediram para que os cubanos não carreguem cartazes políticos nem gritem palavras de ordem.
Em Cuba, a Igreja Católica é minoritária, mas, na ausência de qualquer oposição legal, exerce o papel de interlocutora privilegiada frente ao regime comunista.
No domingo, Sánchez já havia denunciado a prisão de 70 opositores em Santiago de Cuba, primeira escala do papa na ilha, incluindo 15 Damas de Branco, grupo formado em 2003 por esposas e familiares de presos políticos, que foram libertados entre 2010 e 2011.
Cerca de 50 presos políticos ainda são mantidos nas prisões cubanas, segundo a Comissão de Direitos Humanos.
O ex-preso político José Daniel Ferrer disse domingo à AFP em Santiago de Cuba que as operações policiais no leste da ilha começaram "na terça-feira passada".
"O governo quer ter um controle total do ambiente em torno redor das missas (do papa)", afirmou Ferrer.
No domingo, em Havana, 35 Damas de Branco participaram da habitual passeata semanal pela Quinta Avenida de Miramar, depois de assistir a missa na paróquia de Santa Rita, que terminou pacificamente.
Na passeata anterior, domingo, dia 19 de março, meia centena de Damas de Branco, incluindo a líder Berta Soler, tinham sido detidas e liberadas horas mais tarde.
"A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional pode confirmar que, neste momento, o número de detidos nos últimos quatro dias é de pelo menos 150 dissidentes pacíficos", disse o presidente da Comissão, Elizardo Sánchez.
"São detenções preventivas", declarou Sánchez à AFP.
Além disso, "um número parecido foi proibido de sair de suas casas ou de assistir às missas ou recepções do papa nos lugares que ele percorrerá", acrescentou o líder da Comissão, que é ilegal, mas tolerada pelo governo comunista.
Bento XVI chega na segunda-feira à ilha, proveniente do México, para uma visita que se prolongará até a quarta-feira, durante a qual celebrará duas missas campais, em Santiago de Cuba (sudeste) e Havana.
O Vaticano descartou um encontro do pontífice com opositores, que o governo considera "mercenários" dos Estados Unidos.
As autoridades cubanas não informaram sobre as prisões, mas alertaram no começo de março que não admitiriam protestos durante a visita e nas convocações pelos bairros para assistir às missas, também pediram para que os cubanos não carreguem cartazes políticos nem gritem palavras de ordem.
Em Cuba, a Igreja Católica é minoritária, mas, na ausência de qualquer oposição legal, exerce o papel de interlocutora privilegiada frente ao regime comunista.
No domingo, Sánchez já havia denunciado a prisão de 70 opositores em Santiago de Cuba, primeira escala do papa na ilha, incluindo 15 Damas de Branco, grupo formado em 2003 por esposas e familiares de presos políticos, que foram libertados entre 2010 e 2011.
Cerca de 50 presos políticos ainda são mantidos nas prisões cubanas, segundo a Comissão de Direitos Humanos.
O ex-preso político José Daniel Ferrer disse domingo à AFP em Santiago de Cuba que as operações policiais no leste da ilha começaram "na terça-feira passada".
"O governo quer ter um controle total do ambiente em torno redor das missas (do papa)", afirmou Ferrer.
No domingo, em Havana, 35 Damas de Branco participaram da habitual passeata semanal pela Quinta Avenida de Miramar, depois de assistir a missa na paróquia de Santa Rita, que terminou pacificamente.
Na passeata anterior, domingo, dia 19 de março, meia centena de Damas de Branco, incluindo a líder Berta Soler, tinham sido detidas e liberadas horas mais tarde.