Páscoa

EUA e aliados advertem Coreia do Norte em meio a temor por vazamento nuclear

Do Vaticano

WASHINGTON, 08 Abr 2014 (AFP) - Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão advertiram a Coreia do Norte nesta segunda-feira contra qualquer tipo de provocação, depois que o Instituto EUA-Coreia informou sobre o risco potencial de vazamentos radioativos em um complexo nuclear norte-coreano.

Representantes dos três países, que se reuniram em Washington depois de um novo período de tensão com Pyongyang, condenaram o recente teste de mísseis norte-coreano e voltaram a pedir, mais uma vez, o fim do programa de armas nucleares.

As três nações "pediram à RDPC que se abstenha de realizar mais ações ameaçadoras", declarou o governo americano em uma nota, usando o nome oficial da Coreia do Norte, a República Democrática Popular da Coreia.

O principal sítio nuclear norte-coreano parece ter sofrido problemas de abastecimento de água que podem provocar um vazamento radioativo em caso de acidente, informou o Instituto EUA-Coreia da Johns Hopkins University, nesta segunda.

Com base em imagens de satélite recentes, o centro de estudos afirmou que o complexo Yongbyon parece estar lutando para garantir um fornecimento estável de água, após as fortes chuvas e inundações do verão passado.

Os problemas apresentam riscos específicos para o primeiro reator de água leve da Coreia do Norte, que está quase pronto, acrescenta o instituto.

O regime não tem experiência para lidar com "a rápida perda da água que se emprega para esfriar o reator (...), o que pode resultar em um sério problema de segurança", escreveu o analista Nick Hansen, no blog do instituto, o "38 North".

A Coreia do Norte tem mais experiência com seu recuperado reator de produção de plutônio em Yongbyon, mas a "falta de hermetismo do contêiner pode levar a um escapamento de radioatividade, inclusive em caso de pequenos acidentes".

A análise do instituto foi divulgada depois que a presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, advertiu que Yongbyon pode ser testemunha de um desastre no estilo de Chernobyl. O regime de Pyongyang reagiu, com a imprensa oficial acusando Geun-Hye de divulgar "sandices sem sentido".

Em 2008, a Coreia do Norte desmontou uma torre de esfriamento, como parte de um acordo de desarmamento de seis partes, apoiado pelos Estados Unidos. Recentemente, porém, prometeu aumentar seu arsenal nuclear "dissuasório" em resposta ao que o regime de Kim Jong-Un considera hostilidade dos Estados Unidos.

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