Vaticano pede obediência às freiras americanas mais liberais
CIDADE DO VATICANO, 12 Jun 2012 (AFP) -O Vaticano se reuniu nesta terça-feira com um grupo de freiras americanas, condenadas por suas posições tolerantes em relação a temas como a união homossexual, o uso da pílula e o divórcio, e pediu a elas que obedeçam a "direção suprema da Santa Sé".
"Foi uma reunião cordial e aberta para discutir os problemas e as preocupações surgidas depois da avaliação doutrinal de abril", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, ao mencionar a recente condenação imposta às freiras por promover "temas incompatíveis com a fé católica".
Uma delegação da Conferência de Liderança das Mulheres Religiosas (LCWR) se reuniu no palácio apostólico com representantes da Congregação para a Doutrina da Fé para discutir sobre suas diferenças doutrinais.
As freiras da LCWR, que conta com 1.500 delegadas que representam cerca de 57.000 religiosas, defendem a ordenação de mulheres sacerdotes e evitam condenar a pílula, a eutanásia e a união de casais gays.
"Em virtude do direito canônico, a LCWR é formada e permanece sob a direção suprema da Santa Sé", afirmou Lombardi, o que resultou num chamado à obediência e respeito às linhas gerais da entidade católica.
As freiras da LCWR são muito conhecidas por seu trabalho social com os pobres e doentes, o que ajudou a melhorar a imagem da Igreja americana, desprestigiada pelos escândalos de abuso sexual de menores por parte de sacerdotes.
A delegação, liderada pela presidente da LCWR, irmã Pat Farrell, foi recebida pelo prefeito da Congregação, cardeal americano William Levada, que ocupa o cargo que foi por mais de vinte anos do atual sumo pontífice, Bento XVI.
"Pudemos manifestar pessoalmente nossas preocupações ao cardeal Levada", indicou, em um breve comunicado, o grupo religiosa.
As freiras enfrentaram em várias ocasiões os bispos americanos e apoiaram a reforma da saúde promovida pelo presidente Barack Obama, apesar das críticas dos superiores e dos setores mais conservadores da Igreja dos Estados Unidos.
O Vaticano reprova a organização das freiras pelo fato de não defenderem "o direito à vida desde sua concepção até sua morte natural, um tema-chave do debate público, assim como o aborto e a eutanásia", explicou recentemente a emissora Radio Vaticano.
A hierarquia da Igreja Católica designou o arcebispo de Seattle, Peter Sartain, e outros dois bispos para que façam uma reforma dos estatutos e programas da LCWR, um processo que poderá durar até cinco anos.
A intervenção do Vaticano, decidida depois de uma investigação de três anos, se soma à severa condenação, no início de junho, ao livro da Margaret A. Farley, "Just Love. A Framework for Christian Sexual Ethics", por sua tolerância em relação à união homossexual, a masturbação e o divórcio seguido de novas núpcias, que, segundo a hierarquia da Igreja, é algo que "não está em conformidade coma doutrina da Igreja".
A religiosa, professora de ética e membro da LCWR, defende a masturbação que, segundo ele, permite "às mulheres descobrir sua própria capacidade para o prazer, já que não implica qualquer problema de caráter moral" e questiona a "indissolubilidade do matrimônio".
A comunidade de religiosas afirmou que as sanções impostas à entidade são "desproporcionais", e anunciou que realizará consultas em agosto para ver que ações tomará.
"Foi uma reunião cordial e aberta para discutir os problemas e as preocupações surgidas depois da avaliação doutrinal de abril", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, ao mencionar a recente condenação imposta às freiras por promover "temas incompatíveis com a fé católica".
Uma delegação da Conferência de Liderança das Mulheres Religiosas (LCWR) se reuniu no palácio apostólico com representantes da Congregação para a Doutrina da Fé para discutir sobre suas diferenças doutrinais.
As freiras da LCWR, que conta com 1.500 delegadas que representam cerca de 57.000 religiosas, defendem a ordenação de mulheres sacerdotes e evitam condenar a pílula, a eutanásia e a união de casais gays.
"Em virtude do direito canônico, a LCWR é formada e permanece sob a direção suprema da Santa Sé", afirmou Lombardi, o que resultou num chamado à obediência e respeito às linhas gerais da entidade católica.
As freiras da LCWR são muito conhecidas por seu trabalho social com os pobres e doentes, o que ajudou a melhorar a imagem da Igreja americana, desprestigiada pelos escândalos de abuso sexual de menores por parte de sacerdotes.
A delegação, liderada pela presidente da LCWR, irmã Pat Farrell, foi recebida pelo prefeito da Congregação, cardeal americano William Levada, que ocupa o cargo que foi por mais de vinte anos do atual sumo pontífice, Bento XVI.
"Pudemos manifestar pessoalmente nossas preocupações ao cardeal Levada", indicou, em um breve comunicado, o grupo religiosa.
As freiras enfrentaram em várias ocasiões os bispos americanos e apoiaram a reforma da saúde promovida pelo presidente Barack Obama, apesar das críticas dos superiores e dos setores mais conservadores da Igreja dos Estados Unidos.
O Vaticano reprova a organização das freiras pelo fato de não defenderem "o direito à vida desde sua concepção até sua morte natural, um tema-chave do debate público, assim como o aborto e a eutanásia", explicou recentemente a emissora Radio Vaticano.
A hierarquia da Igreja Católica designou o arcebispo de Seattle, Peter Sartain, e outros dois bispos para que façam uma reforma dos estatutos e programas da LCWR, um processo que poderá durar até cinco anos.
A intervenção do Vaticano, decidida depois de uma investigação de três anos, se soma à severa condenação, no início de junho, ao livro da Margaret A. Farley, "Just Love. A Framework for Christian Sexual Ethics", por sua tolerância em relação à união homossexual, a masturbação e o divórcio seguido de novas núpcias, que, segundo a hierarquia da Igreja, é algo que "não está em conformidade coma doutrina da Igreja".
A religiosa, professora de ética e membro da LCWR, defende a masturbação que, segundo ele, permite "às mulheres descobrir sua própria capacidade para o prazer, já que não implica qualquer problema de caráter moral" e questiona a "indissolubilidade do matrimônio".
A comunidade de religiosas afirmou que as sanções impostas à entidade são "desproporcionais", e anunciou que realizará consultas em agosto para ver que ações tomará.