Espanha cambaleia e Merkel diz não haver 'soluções fáceis' para Europa
BERLIM, 27 Jun 2012 (AFP) -A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou nesta quarta-feira sua oposição às "soluções fáceis", pos considerá-las prejudiciais no longo prazo, antes de viajar a Paris para reunir-se com François Hollande, às vésperas da aguardada reunião europeia de quinta e sexta-feira, na qual a Espanha - que apresentou hoje piora do PIB - será um dos focos de discussão.
Em um discurso ante os deputados do Bundestag, câmara baixa do Parlamento, a chefe do governo alemão advertiu uma vez mais que não há uma "solução rápida nem fácil para a crise", dando o tom da reunião de líderes da União Europeia, em Bruxelas.
As reformas estruturais dos países em dificuldade estarão "em primeiro lugar na ordem do dia", disse a chanceler, que declarou esperar por "controvérsias" entre os sócios, deixando claro que, para a Alemanha, o único remédio para sair da crise que ameaça o euro é a austeridade.
A chanceler ressaltou, no entanto, que a Alemanha não tem forças ilimitadas e já deu garantias suficientes à Europa.
"A Alemanha envia - com sua cultura da discussão orientada por resultados e com seu compromisso para o crescimento - um forte sinal a nível interno e externo", afirmou Merkel, cogitando investir 120 a 130 bilhões de euros em projetos europeus, um compromisso assumido na semana passada em Roma com seus homólogos espanhol, italiano e francês.
Paris baixou a guarda nas últimas semanas sobre sua reivindicação de introduzir no curto prazo os eurobônus, instrumento de mutualização da dívida da zona do euro, sobre os quais Merkel repetiu nesta quarta-feira sua firme oposição.
"Não tenho dúvidas de que são necessários meios adicionais de solidariedade (entre os países europeus), mas os eurobônus representam um caminho ruim", declarou. Para a chanceler, todos os instrumentos de mutualização da dívida que são discutidos atualmente, como os eurobônus, são "economicamente ruins" e "contraproducentes", além de serem "incompatíveis com a Constituição alemã".
Na reunião de quinta e sexta-feira, Merkel quer comprometer-se para definir "um plano de trabalho e um método de trabalho" para reforçar de maneira substancial a integração europeia, utilizando como base as propostas publicadas na terça-feira pelo presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy. "Estou comprometida a conferir fundamentos estáveis à união monetária", prometeu.
Evitar o contágio Para muitos, no entanto, a ideia de mais integração é um assunto secundário diante da gravidade da crise.
O Chipre se converteu no início da semana no quinto país da União Monetária a pedir ajuda a seus sócios enquanto que Espanha e Itália estão mais que nunca no olho do furacão.
A queda do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol se acelerou no segundo trimestre, advertiu nesta quarta-feira o Banco da Espanha. O presidente do governo, Mariano Rajoy, também advertiu que o país não poderá financiar-se por muito tempo com as taxas de juros atuais, situadas ligeiramente abaixo dos 7% (6,8%) para a dívida a dez anos.
Na Itália, a última vítima da crise foi o Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS), que pediu 1,5 bilhão de euros ao Estado.
Para evitar o contágio a toda zona do euro, os europeus devem "tomar ações para incentivar o crescimento e a criação de emprego", disse um porta-voz da Casa Branca.
De qualquer maneira, os mercados têm aprendido a não depositar muitas esperanças nestas reuniões", comentaram analistas do Commerzbank.
Em um discurso ante os deputados do Bundestag, câmara baixa do Parlamento, a chefe do governo alemão advertiu uma vez mais que não há uma "solução rápida nem fácil para a crise", dando o tom da reunião de líderes da União Europeia, em Bruxelas.
As reformas estruturais dos países em dificuldade estarão "em primeiro lugar na ordem do dia", disse a chanceler, que declarou esperar por "controvérsias" entre os sócios, deixando claro que, para a Alemanha, o único remédio para sair da crise que ameaça o euro é a austeridade.
A chanceler ressaltou, no entanto, que a Alemanha não tem forças ilimitadas e já deu garantias suficientes à Europa.
"A Alemanha envia - com sua cultura da discussão orientada por resultados e com seu compromisso para o crescimento - um forte sinal a nível interno e externo", afirmou Merkel, cogitando investir 120 a 130 bilhões de euros em projetos europeus, um compromisso assumido na semana passada em Roma com seus homólogos espanhol, italiano e francês.
Paris baixou a guarda nas últimas semanas sobre sua reivindicação de introduzir no curto prazo os eurobônus, instrumento de mutualização da dívida da zona do euro, sobre os quais Merkel repetiu nesta quarta-feira sua firme oposição.
"Não tenho dúvidas de que são necessários meios adicionais de solidariedade (entre os países europeus), mas os eurobônus representam um caminho ruim", declarou. Para a chanceler, todos os instrumentos de mutualização da dívida que são discutidos atualmente, como os eurobônus, são "economicamente ruins" e "contraproducentes", além de serem "incompatíveis com a Constituição alemã".
Na reunião de quinta e sexta-feira, Merkel quer comprometer-se para definir "um plano de trabalho e um método de trabalho" para reforçar de maneira substancial a integração europeia, utilizando como base as propostas publicadas na terça-feira pelo presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy. "Estou comprometida a conferir fundamentos estáveis à união monetária", prometeu.
Evitar o contágio Para muitos, no entanto, a ideia de mais integração é um assunto secundário diante da gravidade da crise.
O Chipre se converteu no início da semana no quinto país da União Monetária a pedir ajuda a seus sócios enquanto que Espanha e Itália estão mais que nunca no olho do furacão.
A queda do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol se acelerou no segundo trimestre, advertiu nesta quarta-feira o Banco da Espanha. O presidente do governo, Mariano Rajoy, também advertiu que o país não poderá financiar-se por muito tempo com as taxas de juros atuais, situadas ligeiramente abaixo dos 7% (6,8%) para a dívida a dez anos.
Na Itália, a última vítima da crise foi o Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS), que pediu 1,5 bilhão de euros ao Estado.
Para evitar o contágio a toda zona do euro, os europeus devem "tomar ações para incentivar o crescimento e a criação de emprego", disse um porta-voz da Casa Branca.
De qualquer maneira, os mercados têm aprendido a não depositar muitas esperanças nestas reuniões", comentaram analistas do Commerzbank.