GRENOBLE, França, 14 Set 2012 (AFP) -Zainab al Hilli, a menina de sete anos de idade que sobreviveu ao massacre de Chevaline, nos Alpes franceses, deixou a França nesta sexta-feira e voltou para o Reino Unido, indicaram fontes da polícia.

"Zainab foi repatriada para o Reino Unido", depois de deixar o hospital da cidade de Grenoble (centro-leste), onde foi hospitalizada, anunciou a polícia.

As autoridades não disseram se a menina foi interrogada pelos investigadores do massacre que matou quatro pessoas, incluindo seus pais e sua avó.

Zainab recebeu golpes na cabeça e um tiro no ombro. É a única que deve ter visto os autores do massacre.

"É um elemento da investigação sobre o qual não vamos falar", declarou a polícia. No entanto, um porta-voz afirmou que seu interrogatório pode ter sido feito em outros locais além do hospital.

No massacre, cometido em 5 de setembro, foram assassinados Saad al Hilli, britânico de origem iraquiana e que era consultor de companhias aeronáuticas, sua esposa e sogra. Os cadáveres foram encontrados dentro do carro da família em uma estrada de Alta Saboya (leste da França). Um francês que passava de bicicleta pelo local também foi vítima do ou dos assassinos, que o mataram para que não houvesse testemunhas do crime.

As duas filhas do casal sobreviveram. Zainab, gravemente ferida, e sua irmã mais nova, de quatro anos, que saiu ilesa, escondendo-se por baixo das pernas de sua mãe nos bancos traseiros do veículo, e que não viu nada.

Segundo os promotores franceses, três pistas são investigadas, a de um crime associado ao trabalho de Al Hilli, ou ligado à família, e ainda à sua origem iraquiana.

Na quinta-feira, surgiu a hipótese de uma pista na Suécia, onde vivia a sogra de Al Hilli. A AFP teve acesso a documentos que revelam que a mulher era maltrada por seu filho, mas uma fonte próxima à investigação disse à AFP que a pista "não é relevante".

Na Grã-Bretanha, onde o promotor francês encarregado da investigação voltou nesta sexta-feira após uma curta visita, os investigadores esperam obter provas depois de uma minuciosa investigação feita por vários dias na casa, em Claygate (arredores de Londres), da família Halli.