China condena intelectual uigur à prisão perpétua por "separatismo"
PEQUIM, 23 Set 2014 (AFP) - Um tribunal chinês condenou nesta terça-feira à prisão perpétua, pela acusação de "separatismo", o intelectual da minoria uigur Ilham Tohti, anunciou o advogado de defesa, um caso que pode aumentar a tensão na região instável de Xinjiang.
Tohti, um ex-professor universitário, economista de renome e autor de várias obras, vai recorrer, "sem dúvida", disse à AFP o advogado Li Fangping.
A sentença foi pronunciada por um tribunal de Urumqi, capital de Xinjiang, uma região do oeste do país de maioria muçulmana, crítica à tutela de Pequim.
A União Europeia (UE) considerou "totalmente injustificável" a condenação e pediu a "libertação imediata e sem condições" de Ilham Tohti.
O governo dos Estados Unidos, a UE e vários grupos de defesa dos direitos humanos haviam solicitado, em vão, a libertação do intelectual.
Tohti, de 44 anos, foi detido em janeiro, depois de ter criticado a resposta do governo a um atentado suicida na praça de Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, atribuído pelas autoridades aos separatistas de Xinjiang.
Quase 10 milhões de membros da minoria uigur vivem na região, cenário no ano passado de uma série de atentados contra civis e confrontos que deixaram pelo menos 200 mortos.
Tohti é uma voz moderada nas reivindicações dos uigures, mas sofreu várias prisões domiciliares e foi proibido de deixar o país.
O julgamento começou na semana passada, sob fortes medidas de segurança. De acordo com os advogados, Tohti permaneceu algemado e foi privado de alimentação durante a detenção.
Tohti, um ex-professor universitário, economista de renome e autor de várias obras, vai recorrer, "sem dúvida", disse à AFP o advogado Li Fangping.
A sentença foi pronunciada por um tribunal de Urumqi, capital de Xinjiang, uma região do oeste do país de maioria muçulmana, crítica à tutela de Pequim.
A União Europeia (UE) considerou "totalmente injustificável" a condenação e pediu a "libertação imediata e sem condições" de Ilham Tohti.
O governo dos Estados Unidos, a UE e vários grupos de defesa dos direitos humanos haviam solicitado, em vão, a libertação do intelectual.
Tohti, de 44 anos, foi detido em janeiro, depois de ter criticado a resposta do governo a um atentado suicida na praça de Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, atribuído pelas autoridades aos separatistas de Xinjiang.
Quase 10 milhões de membros da minoria uigur vivem na região, cenário no ano passado de uma série de atentados contra civis e confrontos que deixaram pelo menos 200 mortos.
Tohti é uma voz moderada nas reivindicações dos uigures, mas sofreu várias prisões domiciliares e foi proibido de deixar o país.
O julgamento começou na semana passada, sob fortes medidas de segurança. De acordo com os advogados, Tohti permaneceu algemado e foi privado de alimentação durante a detenção.