Obama denuncia postura de republicano sobre estupro e vota antecipadamente

TAMPA, EUA, 25 Out 2012 (AFP) -Barack Obama, denunciou as palavras de um republicano sobre estupro, que deu a sua equipe mais uma opção de ataque a Mitt Romney, enquanto o presidente americano concluía nesta quinta-feira uma viagem por oito estados ao votar antecipadamente a 12 dias da eleição presidencial.

Já o ex-governador republicano de Massachusetts concentra seus esforços em Ohio (norte), estado que precisa ser conquistado para que tenha chances de ser eleito o 45º líder da maior potência mundial no dia 6 de novembro, enquanto as pesquisas se mantém estáveis.

O avião presidencial Air Force One pousou no início desta manhã em Tampa, Flórida (sudeste), depois de atravessar durante a noite todo o território dos Estados Unidos, partindo de Las Vegas (Nevada, oeste), onde Obama discursou tarde da noite para 13.000 pessoas.

A cada etapa anterior, nos estados-chave de Iowa (centro) e Colorado (oeste), Obama destacou a questão da "confiança" que os americanos devem dar a seus líderes, dando a entender que Romney não era digno porque, segundo ele, tenta esconder um programa ultra-conservador por baixo de uma imagem moderada.

"A confiança é importante (...) o que vocês viram nos últimos quatro anos é que sou sincero. Faço o que digo", acrescentou o presidente, que, assim como seu adversário, tenta convencer os eleitores de centro e indecisos restantes para que deem a ele as chaves da Casa Branca por quatro anos.

Obama também aproveitou a fala de um candidato republicano ao Senado em Indiana (centro), Richard Mourdock, que afirmou na terça-feira que uma gravidez depois de um estupro era "da vontade de Deus".

Durante o programa noturno do popular apresentador de TV Jay Leno, na quarta-feira, o presidente disse que não entende "essas ideias". O estupro é um "crime", ressaltou.

O aborto foi legalizado pela Suprema Corte em 1973. Romney, que é contrário à interrupção voluntária da gravidez, exceto em caso de estupro, de incesto ou perigo para a saúde da mãe, quer que a Suprema Corte reverta sua decisão e já prometeu nomear juízes anti-aborto.

Primeiro presidente a votar antecipadamente Segundo Obama, este caso mostra "exatamente porque um bando de políticos, homens em sua maior parte, não deve tomar decisões sobre a saúde das mulheres". Em 2008, as eleitoras, 53% do eleitorado, escolheram Obama (56%).

Seu comitê de campanha foi ainda mais longe, pedindo a Romney para retirar o seu apoio a Mourdock. Um porta-voz republicano explicou que Romney "não concorda com a ação adotada sobre casos excepcionais de estupro ou incesto", mas recusou-se a abandonar o candidato ao Senado.

Na manhã desta quinta-feira, a equipe de Obama acusou Romney de "dar voz aos extremistas", ressaltando em um vídeo de campanha que o seu companheiro de chapa, Paul Ryan, recentemente afirmou que "o método de concepção não muda a definição da vida".

A equipe Romney já havia enfrentado o constrangimento causado no final de agosto pelas palavras de outro candidato republicano à câmara alta do Congresso, Todd Akin, que tinha assegurado que um "estupro real" raramente daria origem a uma gravidez.

Grande parte do Congresso será renovada em 6 de novembro, e a margem de manobra do futuro presidente dependerá de suas maiorias.

Confiante de que sua campanha foi impulsionada pelos três debates que realizados entre 3 e 22 outubro com o atual presidente, Romney disse na quarta-feira em Iowa, que estava "otimista, não apenas sobre de vitória... e além disso, vamos ganhar".

Realmente, Romney está em vantagem nas pesquisas de intenção de voto a nível nacional, mas as pesquisas nos estados cruciais mostram uma igualdade, ou uma ligeira vantagem para Obama, tudo dentro da margem de erro.

A chave para a vitória de Romney poderia residir em Ohio, onde planejou três declarações públicas nesta quinta-feira durante uma excursão de ônibus.

Obama conclui nesta noite no mesmo estado uma viagem eleitoral de dois dias muito corridos. Da Flórida, vai para a Virgínia e em seguida, ao seu reduto de Chicago, em Illinois (norte), onde será o primeiro presidente a votar antecipadamente.

Sua campanha se concentra neste procedimento já possível na maioria dos estados para garantir uma forte participação.

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