Atentados a bomba matam ao menos 92 pessoas no Paquistão
QUETTA, Paquistão, 10 Jan 2013 (AFP) - Ataques a bomba mataram pelo menos 92 pessoas na cidade paquistanesa de Quetta nesta quinta-feira, incluindo um duplo atentado suicida praticado contra um clube de bilhar frequentado por xiitas.
O ataque ao clube de bilhar de Quetta já é o mais violento cometido no país nos últimos dois anos.
Esse duplo atentado suicida matou nesta quinta 81 pessoas e feriu mais de 120 no momento em que o estabelecimento, localizado em um bairro xiita da cidade, estava lotado, indicou a polícia.
Este é o pior ataque no Paquistão desde que dois terroristas suicidas mataram 98 pessoas fora de um centro de treinamento da Polícia na cidade de Shabqadar, em 13 de maio de 2011, pouco tempo depois da eliminação de Osama bin Laden por tropas americanas.
As duas explosões foram registradas horas depois de uma outra em uma área comercial da cidade, que causou 11 mortes e deixou dezenas de feridos.
No clube de bilhar, o primeiro suicida detonou o seu artefato dentro do local, e, cerca de 10 minutos depois, outro agressor explodiu a sua carga em um carro fora do prédio no momento em que a polícia, jornalistas e equipes de emergência chegavam ao lugar, afirmou o oficial Mir Zubair Mehmood à AFP.
"O registro de mortes chegou a 81 até o momento," disse Mehmood, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
"Nove policiais, incluindo dois oficiais, perderam suas vidas. Ambos (os ataques) foram (praticados por) terroristas suicidas e o número de mortos pode aumentar ainda mais", acrescentou.
A Polícia indicou que as explosões foram muito poderosas, a ponto de mergulhar a área na escuridão.
A autoria dos atentados ainda não foi reivindicada.
De acordo com a organização não-governamental com sede nos Estados Unidos, Human Rights Watch, 2012 foi o ano mais mortal para os xiitas no Paquistão.
A organização havia alertado na quinta passada para as falhas do governo em proteger a comunidade, que representa cerca de 20% da população, chegando a denunciar a cumplicidade das autoridades policiais "nos massacres bárbaros de cidadãos paquistaneses".
Um fotógrafo da AFP afirmou que pessoas choravam ao lado de corpos espalhados pelo chão.
As bombas danificaram lojas e prédios nas imediações. Pelo menos quatro ambulâncias ficaram destruídas.
Quetta é a capital da província do Baluchistão, uma das regiões mais instáveis do Paquistão, assolada pela violência de militantes islamitas, de insurgentes separatistas e pela violência sectária.
mak-jm/dm
O ataque ao clube de bilhar de Quetta já é o mais violento cometido no país nos últimos dois anos.
Esse duplo atentado suicida matou nesta quinta 81 pessoas e feriu mais de 120 no momento em que o estabelecimento, localizado em um bairro xiita da cidade, estava lotado, indicou a polícia.
Este é o pior ataque no Paquistão desde que dois terroristas suicidas mataram 98 pessoas fora de um centro de treinamento da Polícia na cidade de Shabqadar, em 13 de maio de 2011, pouco tempo depois da eliminação de Osama bin Laden por tropas americanas.
As duas explosões foram registradas horas depois de uma outra em uma área comercial da cidade, que causou 11 mortes e deixou dezenas de feridos.
No clube de bilhar, o primeiro suicida detonou o seu artefato dentro do local, e, cerca de 10 minutos depois, outro agressor explodiu a sua carga em um carro fora do prédio no momento em que a polícia, jornalistas e equipes de emergência chegavam ao lugar, afirmou o oficial Mir Zubair Mehmood à AFP.
"O registro de mortes chegou a 81 até o momento," disse Mehmood, durante uma entrevista coletiva à imprensa.
"Nove policiais, incluindo dois oficiais, perderam suas vidas. Ambos (os ataques) foram (praticados por) terroristas suicidas e o número de mortos pode aumentar ainda mais", acrescentou.
A Polícia indicou que as explosões foram muito poderosas, a ponto de mergulhar a área na escuridão.
A autoria dos atentados ainda não foi reivindicada.
De acordo com a organização não-governamental com sede nos Estados Unidos, Human Rights Watch, 2012 foi o ano mais mortal para os xiitas no Paquistão.
A organização havia alertado na quinta passada para as falhas do governo em proteger a comunidade, que representa cerca de 20% da população, chegando a denunciar a cumplicidade das autoridades policiais "nos massacres bárbaros de cidadãos paquistaneses".
Um fotógrafo da AFP afirmou que pessoas choravam ao lado de corpos espalhados pelo chão.
As bombas danificaram lojas e prédios nas imediações. Pelo menos quatro ambulâncias ficaram destruídas.
Quetta é a capital da província do Baluchistão, uma das regiões mais instáveis do Paquistão, assolada pela violência de militantes islamitas, de insurgentes separatistas e pela violência sectária.
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