HRW denuncia 249 casos de desaparecimento forçado no México em 6 anos
MEXICO, 21 Fev 2013 (AFP) - A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou, nesta quarta-feira, que nos últimos seis anos foram registrados no México "249 casos de desaparecimento forçado" sem que se tenha conseguido localizar as vítimas ou levar os responsáveis à justiça.
O relatório "Os desaparecidos do México: o persistente custo de uma crise" documenta, em 193 páginas, 249 casos de desaparecimentos de pessoas registrados durante o governo de Felipe Calderón (2006-2012) no México. Em seu mandato, houve suspeitas de envolvimento de membros de forças de segurança em casos de cumplicidade com criminosos.
"A Human Rights Watch encontrou evidências que indicam que membros de todas as forças de segurança intervieram nos desaparecimentos forçados, isto é, o Exército, a Marinha de Guerra e as polícias federais, estaduais e municipais", aponta em um comunicado a organização com sede em Washington.
O relatório adverte que os casos de desaparecimento no México desde 2007 podem contabilizar milhares e cita, como exemplo, vazamentos de documentos da Procuradoria-Geral e do Ministério do Interior para a imprensa que estimam, ao menos, 25.000 o número de casos.
Em nenhum dos 249 casos de desaparecimento forçado - considerado um crime contra a humanidade, segundo convenções internacionais - "os responsáveis foram condenados", acrescentou a Human Rights Watch ao criticar as fracas ou praticamente inexistentes investigações por parte das autoridades. A ONG sublinhou ainda que, na presidência de Calderón, as medidas para enfrentar este problema "foram tardias e evidentemente inadequadas".
O governo de Calderón, do conservador Partido Ação Nacional (PAN), foi marcado pela mobilização de mais de 50.000 militares e milhares de policiais federais em uma ofensiva antidrogas, o que desencadeou uma onda de violência que deixou mais de 70.000 mortos em seu mandato, segundo os dados oficiais.
Já Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), assumiu o poder no dia 1º de dezembro com o compromisso de modificar a estratégia militar e recuperar a paz no México, apesar de ainda não ter definido de todo o seu programa de segurança.
Peña Nieto anunciou medidas para dar assistência às vítimas, mas são necessários "passos importantes para garantir que os responsáveis destes crimes horríveis sejam levados à justiça", comentou José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da Human Rights Watch.
O relatório será oficialmente apresentado nesta quinta-feira. Na tarde de quarta-feira, o secretário de Governo, Miguel Angel Osorio Chong, se reuniu com Vivanco para conhecer o documento.
O relatório "Os desaparecidos do México: o persistente custo de uma crise" documenta, em 193 páginas, 249 casos de desaparecimentos de pessoas registrados durante o governo de Felipe Calderón (2006-2012) no México. Em seu mandato, houve suspeitas de envolvimento de membros de forças de segurança em casos de cumplicidade com criminosos.
"A Human Rights Watch encontrou evidências que indicam que membros de todas as forças de segurança intervieram nos desaparecimentos forçados, isto é, o Exército, a Marinha de Guerra e as polícias federais, estaduais e municipais", aponta em um comunicado a organização com sede em Washington.
O relatório adverte que os casos de desaparecimento no México desde 2007 podem contabilizar milhares e cita, como exemplo, vazamentos de documentos da Procuradoria-Geral e do Ministério do Interior para a imprensa que estimam, ao menos, 25.000 o número de casos.
Em nenhum dos 249 casos de desaparecimento forçado - considerado um crime contra a humanidade, segundo convenções internacionais - "os responsáveis foram condenados", acrescentou a Human Rights Watch ao criticar as fracas ou praticamente inexistentes investigações por parte das autoridades. A ONG sublinhou ainda que, na presidência de Calderón, as medidas para enfrentar este problema "foram tardias e evidentemente inadequadas".
O governo de Calderón, do conservador Partido Ação Nacional (PAN), foi marcado pela mobilização de mais de 50.000 militares e milhares de policiais federais em uma ofensiva antidrogas, o que desencadeou uma onda de violência que deixou mais de 70.000 mortos em seu mandato, segundo os dados oficiais.
Já Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), assumiu o poder no dia 1º de dezembro com o compromisso de modificar a estratégia militar e recuperar a paz no México, apesar de ainda não ter definido de todo o seu programa de segurança.
Peña Nieto anunciou medidas para dar assistência às vítimas, mas são necessários "passos importantes para garantir que os responsáveis destes crimes horríveis sejam levados à justiça", comentou José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da Human Rights Watch.
O relatório será oficialmente apresentado nesta quinta-feira. Na tarde de quarta-feira, o secretário de Governo, Miguel Angel Osorio Chong, se reuniu com Vivanco para conhecer o documento.