Democratas abandonam luta pela proibição de fuzis de assalto nos EUA

WASHINGTON, 20 Mar 2013 (AFP) - O Partido Democrata anunciou nesta terça-feira o abandono de sua luta pela proibição da fabricação e venda de fuzis de assalto nos Estados Unidos.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, explicou aos jornalistas que o texto não obteve o apoio suficiente para seguir adiante. Desta forma, a proposta será eliminada do pacote de projetos de lei que o Senado deve votar nas próximas semanas.

Apoiado pela Casa Branca, o texto, "apesar de ter uma projeção otimista, dispõe de menos de 40 votos, estamos longe dos 60", declarou Reid, em referência ao mínimo necessário para aprovar uma lei no Senado.

A congressista democrata Dianne Feinstein, que defende a medida, confessou diante da imprensa sua decepção por esta decisão, apesar de não ficar surpreso, já que desde o início os republicanos e uma parte dos 55 senadores democratas recusaram o texto.

"Não vou me deixar abater ou me fazer de morta", disse Feinstein à CNN. "Acredito que o povo americano afirmou em cada pesquisa pública que apoia este tipo de legislação".

A proposta tinha como objetivo proibir em todo o país a fabricação, importação e venda de fuzis de assalto, similares ao utilizado no episódio de 14 de dezembro de 2012 em uma escola de Newtown, em Connecticut, onde morreram 20 crianças e seis adultos.

Os carregadores com mais de 10 balas também seriam proibidos com esta medida.

Apesar deste revés, as outras três propostas parecem ter sua aprovação garantida: a verificação da identidade e dos antecedentes penais em toda a compra de armas, incluídas aquelas que se realizam em feiras especializadas e na Internet; a penalização das aquisições de armas por parte de pessoas que não têm permissão para tê-las; e novas verbas para reforçar a segurança nas escolas.

Em um país onde o Supremo Tribunal garante o direito de todo cidadão a possuir uma arma para se defender, 34% dos lares possuem armas de fogo, segundo pesquisa publicada na última semana.

O presidente americano, Barack Obama, transformou em uma de suas prioridades para seu segundo mandato aumentar o controle sobre a venda de armas depois da tragédia de Newtown.

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