Os maiores levantes no mundo árabe desde 2010
CAIRO, 04 Jul 2013 (AFP) - O mundo árabe registra desde o final de 2010 grandes levantes, que provocaram a queda de dois presidentes no Egito, mergulharam a Síria em uma guerra civil e geraram transições difíceis na Tunísia e na Líbia.
EGITO
O islamita Mohamed Mursi, primeiro chefe de Estado que chegou ao poder democraticamente no Egito, foi derrubado na quarta-feira à noite pelo Exército, após um ano tumultuoso no poder marcado por repetidas crises e por uma forte contestação política.
Milhões de egípcios exigiam há vários dias a sua saída durante manifestações de uma magnitude sem precedentes desde a revolta que derrubou Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Enquanto Mubarak, oriundo do Exército, entregou na época o poder à instituição militar, desta vez as Forças Armadas ocuparam a linha de frente para garantir a entrega do poder político ao presidente do Conselho Constitucional até a realização de uma eleição presidencial antecipada, mas sem definir a duração deste período transitório.
Nesta quinta, Adly Mansour tomou posse como presidente interino, enquanto os principais dirigentes da Irmandade Muçulmana foram presos.
TUNÍSIA
A Tunísia, primeiro país da Primavera Árabe, é governada por uma coalizão dominada por islamitas.
No dia 14 de janeiro de 2011, Zine El Abidine Ben Ali, que estava no poder desde 1987, fugiu de seu país para a Arábia Saudita, derrubado por uma revolta desencadeada depois que um jovem vendedor de rua, cansado das humilhações que sofria por parte de policiais, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid (centro-oeste), em meados de dezembro de 2010. Após a eleição de uma Assembleia Constituinte, dominada pelos islamitas do partido Ennahda, que dirige o governo, Moncef Marzouki, ferrenho opositor a Ben Ali, foi eleito para a Presidência pela Assembleia.
O país, cuja futura Constituição está sendo elaborada há mais de um ano e meio, é frequentemente sacudido por crises políticas, conflitos sociais e pela expansão de movimentos islamitas radicais.
SÍRIA
A Síria está mergulhada desde março de 2011 em um conflito desencadeado por uma revolta pacífica que se transformou em insurreição armada devido à repressão infligida pelo regime de Bashar al-Assad. Mais de 100.000 pessoas, a maioria civis, morreram desde o início da onda de contestação, segundo uma ONG síria.
Nas últimas semanas, os rebeldes cederam terreno ao Exército fiel ao regime, apoiado decisivamente por centenas de combatentes do Hezbollah xiita libanês. Depois de terem retomado Qousseir (centro-oeste), as tropas do presidente Assad e do Hezbollah lançaram uma nova ofensiva contra Homs (centro), um importante eixo entre o norte e o sul, e o Exército mantém seus bombardeios a Damasco e sua periferia.
Não há uma saída à vista, apesar dos esforços de russos e americanos para fazer com que regime e oposição sentem à mesma mesa em Genebra.
LÍBIA
Desde a queda do regime de Muamar Kadhafi, em outubro de 2011, as autoridades de transição não conseguiram restabelecer a ordem no país, em meio a um ambiente de insegurança crescente. Vários ataques contra as forças de segurança e contra interesses ocidentais foram registrados nos últimos meses.
IÊMEN
Em março, o país iniciou com dificuldades um diálogo nacional destinado a elaborar uma nova Constituição e a preparar eleições para fevereiro de 2014, ao término de um processo de transição de dois anos após a saída negociada do presidente Ali Abdullah Saleh.
EGITO
O islamita Mohamed Mursi, primeiro chefe de Estado que chegou ao poder democraticamente no Egito, foi derrubado na quarta-feira à noite pelo Exército, após um ano tumultuoso no poder marcado por repetidas crises e por uma forte contestação política.
Milhões de egípcios exigiam há vários dias a sua saída durante manifestações de uma magnitude sem precedentes desde a revolta que derrubou Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Enquanto Mubarak, oriundo do Exército, entregou na época o poder à instituição militar, desta vez as Forças Armadas ocuparam a linha de frente para garantir a entrega do poder político ao presidente do Conselho Constitucional até a realização de uma eleição presidencial antecipada, mas sem definir a duração deste período transitório.
Nesta quinta, Adly Mansour tomou posse como presidente interino, enquanto os principais dirigentes da Irmandade Muçulmana foram presos.
TUNÍSIA
A Tunísia, primeiro país da Primavera Árabe, é governada por uma coalizão dominada por islamitas.
No dia 14 de janeiro de 2011, Zine El Abidine Ben Ali, que estava no poder desde 1987, fugiu de seu país para a Arábia Saudita, derrubado por uma revolta desencadeada depois que um jovem vendedor de rua, cansado das humilhações que sofria por parte de policiais, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid (centro-oeste), em meados de dezembro de 2010. Após a eleição de uma Assembleia Constituinte, dominada pelos islamitas do partido Ennahda, que dirige o governo, Moncef Marzouki, ferrenho opositor a Ben Ali, foi eleito para a Presidência pela Assembleia.
O país, cuja futura Constituição está sendo elaborada há mais de um ano e meio, é frequentemente sacudido por crises políticas, conflitos sociais e pela expansão de movimentos islamitas radicais.
SÍRIA
A Síria está mergulhada desde março de 2011 em um conflito desencadeado por uma revolta pacífica que se transformou em insurreição armada devido à repressão infligida pelo regime de Bashar al-Assad. Mais de 100.000 pessoas, a maioria civis, morreram desde o início da onda de contestação, segundo uma ONG síria.
Nas últimas semanas, os rebeldes cederam terreno ao Exército fiel ao regime, apoiado decisivamente por centenas de combatentes do Hezbollah xiita libanês. Depois de terem retomado Qousseir (centro-oeste), as tropas do presidente Assad e do Hezbollah lançaram uma nova ofensiva contra Homs (centro), um importante eixo entre o norte e o sul, e o Exército mantém seus bombardeios a Damasco e sua periferia.
Não há uma saída à vista, apesar dos esforços de russos e americanos para fazer com que regime e oposição sentem à mesma mesa em Genebra.
LÍBIA
Desde a queda do regime de Muamar Kadhafi, em outubro de 2011, as autoridades de transição não conseguiram restabelecer a ordem no país, em meio a um ambiente de insegurança crescente. Vários ataques contra as forças de segurança e contra interesses ocidentais foram registrados nos últimos meses.
IÊMEN
Em março, o país iniciou com dificuldades um diálogo nacional destinado a elaborar uma nova Constituição e a preparar eleições para fevereiro de 2014, ao término de um processo de transição de dois anos após a saída negociada do presidente Ali Abdullah Saleh.