Angela Merkel pede mandato forte na véspera de eleições na Alemanha
BERLIM, 21 Set 2013 (AFP) - A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu neste sábado aos seus eleitores que concedam a ela um mandato forte, na véspera das eleições legislativas nas quais é a grande favorita para seguir à frente do Executivo, embora não se saiba com qual coalizão governará.
Recebida de forma triunfal antes de seu último discurso de campanha, a líder conservadora, sorridente e relaxada, pediu este mandato forte para "seguir servindo nos próximos quatro anos a Alemanha, um país respeitado na Europa (...), que defende seus interesses, mas também é amigo de muitos países".
A chanceler, aclamada por 4.000 militantes da União Democrata-Cristã (CDU) que carregavam cartazes com a palavra "Angie", é claramente favorita para obter após as eleições de domingo um terceiro mandato como chefe de governo.
Por sua vez, é possível que não possa preservar sua atual coalizão com os liberais do FDP, e que seja obrigada a forjar uma grande coalizão com seus adversários sociais-democratas do SPD.
Segundo uma pesquisa divulgada neste sábado, os conservadores de Merkel (CDI e o partido bávaro CSU) obteriam 39% dos votos e o partido liberal FDP 6%.
A oposição social-democrata do SPD alcançaria 26%, e seus aliados Verdes 9%. A esquerda radical Die Linke também conseguiria 9%.
Somando votos, a coalizão de Merkel (CDU, CSU e FDP) obteria 45%, um ponto a mais que a oposição (SPD, Verdes e esquerda radical), com 44%. No entanto, o SPD descartou formar governo com a esquerda radical.
"O suspense persiste até o fim. A corrida entre partidos do poder e partidos da oposição é muito acirrada", declarou o chefe do instituto Emnid, que fez a pesquisa, Klaus-Peter Schoppner.
Há vários dias, o cenário mais citado nos jornais é o de uma grande coalizão entre os conservadores de Merkel e os sociais-democratas, uma situação que já ocorreu no primeiro mandato da chanceler (2005-2009).
"Angie deve salvar o mundo"
Neste último comício de Merkel, um grupo de músicos interpretou "Angie deve salvar o mundo" e "You're simply the best".
Diante de muitos jornalistas estrangeiros, a dirigente, de 59 anos, no auge da popularidade em seu próprio partido, insistiu que a Alemanha é "a maior economia da Europa" e "precisa de amigos".
Merkel, foi, no entanto, criticada frequentemente por sua oposição à mutualização da dívida soberana na Europa, e por defender severas políticas de austeridade contra a crise.
Os adversários de Merkel, por sua vez, denunciam a falta de posições claras da chanceler, que parece apostar tudo em sua personalidade. "Merkel não faz nenhuma promessa concreta, não tem nem visão, nem programa, nem projeto", denunciou o jornal berlinês Tagesspiegel.
Seu principal rival, o candidato social-democrata Peer Steinbruck, preferiu, por sua vez, concluir sua campanha neste sábado em Frankfurt, capital financeira da Alemanha e sede do Banco Central Europeu (BCE).
"Está nas suas mãos! Por favor, votem! Somos o partido que quer preencher as carências" sociais, afirmou Steinbruck, de 66 anos, depois de prometer instaurar um salário mínimo.
A Alemanha tem um baixo nível de desemprego, mas os salários são baixos e muitos empregos são parciais ou precários.
Steinbruck foi ministro das Finanças de Merkel durante o governo de grande coalizão direita-esquerda entre 2005 e 2009.
Cerca de 61,8 milhões de eleitores estão convocados no domingo às urnas para eleger os 598 deputados do Bundestag, que depois designarão o chanceler.
yap-clp/aro/bds/me/jo/ma
Recebida de forma triunfal antes de seu último discurso de campanha, a líder conservadora, sorridente e relaxada, pediu este mandato forte para "seguir servindo nos próximos quatro anos a Alemanha, um país respeitado na Europa (...), que defende seus interesses, mas também é amigo de muitos países".
A chanceler, aclamada por 4.000 militantes da União Democrata-Cristã (CDU) que carregavam cartazes com a palavra "Angie", é claramente favorita para obter após as eleições de domingo um terceiro mandato como chefe de governo.
Por sua vez, é possível que não possa preservar sua atual coalizão com os liberais do FDP, e que seja obrigada a forjar uma grande coalizão com seus adversários sociais-democratas do SPD.
Segundo uma pesquisa divulgada neste sábado, os conservadores de Merkel (CDI e o partido bávaro CSU) obteriam 39% dos votos e o partido liberal FDP 6%.
A oposição social-democrata do SPD alcançaria 26%, e seus aliados Verdes 9%. A esquerda radical Die Linke também conseguiria 9%.
Somando votos, a coalizão de Merkel (CDU, CSU e FDP) obteria 45%, um ponto a mais que a oposição (SPD, Verdes e esquerda radical), com 44%. No entanto, o SPD descartou formar governo com a esquerda radical.
"O suspense persiste até o fim. A corrida entre partidos do poder e partidos da oposição é muito acirrada", declarou o chefe do instituto Emnid, que fez a pesquisa, Klaus-Peter Schoppner.
Há vários dias, o cenário mais citado nos jornais é o de uma grande coalizão entre os conservadores de Merkel e os sociais-democratas, uma situação que já ocorreu no primeiro mandato da chanceler (2005-2009).
"Angie deve salvar o mundo"
Neste último comício de Merkel, um grupo de músicos interpretou "Angie deve salvar o mundo" e "You're simply the best".
Diante de muitos jornalistas estrangeiros, a dirigente, de 59 anos, no auge da popularidade em seu próprio partido, insistiu que a Alemanha é "a maior economia da Europa" e "precisa de amigos".
Merkel, foi, no entanto, criticada frequentemente por sua oposição à mutualização da dívida soberana na Europa, e por defender severas políticas de austeridade contra a crise.
Os adversários de Merkel, por sua vez, denunciam a falta de posições claras da chanceler, que parece apostar tudo em sua personalidade. "Merkel não faz nenhuma promessa concreta, não tem nem visão, nem programa, nem projeto", denunciou o jornal berlinês Tagesspiegel.
Seu principal rival, o candidato social-democrata Peer Steinbruck, preferiu, por sua vez, concluir sua campanha neste sábado em Frankfurt, capital financeira da Alemanha e sede do Banco Central Europeu (BCE).
"Está nas suas mãos! Por favor, votem! Somos o partido que quer preencher as carências" sociais, afirmou Steinbruck, de 66 anos, depois de prometer instaurar um salário mínimo.
A Alemanha tem um baixo nível de desemprego, mas os salários são baixos e muitos empregos são parciais ou precários.
Steinbruck foi ministro das Finanças de Merkel durante o governo de grande coalizão direita-esquerda entre 2005 e 2009.
Cerca de 61,8 milhões de eleitores estão convocados no domingo às urnas para eleger os 598 deputados do Bundestag, que depois designarão o chanceler.
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