Congresso do Equador autoriza exploração de petróleo na Amazônia
QUITO, 04 Out 2013 (AFP) - O Congresso do Equador autorizou nesta quinta-feira a exploração de petróleo na reserva amazônica de Yasuní, a pedido do presidente Rafael Correa, apesar da oposição de grupos indígenas e de ecologistas, que exigem um referendo sobre o tema.
Em segundo e definitivo debate, o Legislativo - controlado pelo governo - declarou de "interesse nacional" a exploração do bloco em Yasuní com reservas de 920 milhões de barris, o que permite ao governo iniciar efetivamente os trabalhos.
"Hoje é um dia histórico, estamos construindo um país diferente. Hoje vamos garantir que estes recursos melhorem a qualidade de vida" dos equatorianos, disse a vice-presidente do Parlamento, Marcela Aguiñaga.
Os campos Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT) representam cerca de 20% das reservas de petróleo do Equador, e estão situados no Parque Nacional Yasuní, uma reserva mundial da biosfera com quase um milhão de hectares.
A decisão ocorre após Correa desistir do projeto Yasuní-ITT, que visava evitar a exploração petroleira no Parque Nacional, declarado pela Unesco reserva mundial da biosfera em 1989.
Apresentado em 2007 na ONU, o plano pretendia evitar a emissão de 400 milhões de toneladas de gases causadores de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, em troca de uma compensação internacional de US$ 3,6 bilhões, uma quantia que devia ser arrecadada em 12 anos.
No entanto, em seis anos o país juntou contribuições de empresas, pessoas físicas e países que somaram apenas 13,3 milhões de dólares, ou 0,37% da meta. O dinheiro foi depositado em um fundo administrado por um programa das Nações Unidas.
Diante do apoio escasso, Correa pediu ao Congresso que declarasse de interesse nacional a exploração petroleira do bloco Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT).
A decisão foi rejeitada por ambientalistas e indígenas, que exigem um referendo sobre a exploração petroleira na Yasuní.
Após desistir de sua estratégia ambiental, o presidente prometeu gerar um impacto mínimo na Reserva Yasuní, onde já operam petroleiras há décadas. Um dos primeiros poços que serão explorados nos próximos meses pela estatal equatoriana Petroamazonas, o Tiputini, fica fora da área reservada.
Com um milhão de hectares, Yasuní é uma floresta tropical úmida, onde os cientistas afirmam que é possível apreciar a maior biodiversidade por quilômetro quadrado da Amazônia. Além disso, é refúgio de indígenas em isolamento voluntário.
Segundo estimativas privadas, 11 mil indígenas estão assentados no Yasuní, a maioria quéchuas.
vel-vti/mvv/lr
Em segundo e definitivo debate, o Legislativo - controlado pelo governo - declarou de "interesse nacional" a exploração do bloco em Yasuní com reservas de 920 milhões de barris, o que permite ao governo iniciar efetivamente os trabalhos.
"Hoje é um dia histórico, estamos construindo um país diferente. Hoje vamos garantir que estes recursos melhorem a qualidade de vida" dos equatorianos, disse a vice-presidente do Parlamento, Marcela Aguiñaga.
Os campos Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT) representam cerca de 20% das reservas de petróleo do Equador, e estão situados no Parque Nacional Yasuní, uma reserva mundial da biosfera com quase um milhão de hectares.
A decisão ocorre após Correa desistir do projeto Yasuní-ITT, que visava evitar a exploração petroleira no Parque Nacional, declarado pela Unesco reserva mundial da biosfera em 1989.
Apresentado em 2007 na ONU, o plano pretendia evitar a emissão de 400 milhões de toneladas de gases causadores de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, em troca de uma compensação internacional de US$ 3,6 bilhões, uma quantia que devia ser arrecadada em 12 anos.
No entanto, em seis anos o país juntou contribuições de empresas, pessoas físicas e países que somaram apenas 13,3 milhões de dólares, ou 0,37% da meta. O dinheiro foi depositado em um fundo administrado por um programa das Nações Unidas.
Diante do apoio escasso, Correa pediu ao Congresso que declarasse de interesse nacional a exploração petroleira do bloco Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT).
A decisão foi rejeitada por ambientalistas e indígenas, que exigem um referendo sobre a exploração petroleira na Yasuní.
Após desistir de sua estratégia ambiental, o presidente prometeu gerar um impacto mínimo na Reserva Yasuní, onde já operam petroleiras há décadas. Um dos primeiros poços que serão explorados nos próximos meses pela estatal equatoriana Petroamazonas, o Tiputini, fica fora da área reservada.
Com um milhão de hectares, Yasuní é uma floresta tropical úmida, onde os cientistas afirmam que é possível apreciar a maior biodiversidade por quilômetro quadrado da Amazônia. Além disso, é refúgio de indígenas em isolamento voluntário.
Segundo estimativas privadas, 11 mil indígenas estão assentados no Yasuní, a maioria quéchuas.
vel-vti/mvv/lr
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Brasil recebe em setembro missão do Reino Unido para tentar reabrir mercado de pescado
- Presidente do Corinthians fala sobre desligamento de Rubão: "É como casamento, tem hora que não dá certo"
- Alesp marca eventos pró-Israel e pró-Palestina para o mesmo dia
- Madonna divulga promoção em rede social para fãs verem seu show de perto