Quatrocentos mortos em três dias na capital da República Centro-Africana

Em Paris

  • Jerome Delay/AP

    Mulheres se protegem do cheiro de cadáveres ao passarem pelo necrotério em Bangui

    Mulheres se protegem do cheiro de cadáveres ao passarem pelo necrotério em Bangui

Aproximadamente 400 pessoas morreram nos episódios de violência registrados nos três últimos dias em Bangui, afirmou neste domingo (8) o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, que considerou que a calma havia retornado à capital centro-africana.

"Nos últimos três dias foram contabilizados 394 mortos. Mas a calma voltou a Bangui", acrescentou o chanceler, apesar de reconhecer que ocorreram alguns atos isolados de violência. Fabius declarou que conversou com o embaixador da França em Bangui na manhã deste domingo.

"Algumas operações continuam em todo o país e as ações de desarmamento (dos ex-rebeldes) do Seleka irão começar", destacou o ministro.

Cerca de 1600 soldados franceses foram enviados para a República Centro-Africana, onde, por ordem da ONU, devem apoiar a força africana implantada no local para restaurar a segurança no país, dominado pelo caos depois de um golpe de Estado ocorrido em março.

"Nosso papel é claro e nítido: trata-se, principalmente, de uma função de segurança. Se a ordem é para desarmar, trabalhamos com os africanos" da Misca, a força africana da União Africana, que atualmente conta com 2500 soldados no país, explicou Fabius.

"O problema é que alguns (combatentes do Seleka) deixam os uniformes e se vestem como civis. Essa é a dificuldade", acrescentou.

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