Morre Ronald Biggs, autor do assalto ao trem pagador
LONDRES, 18 dez 2013 (AFP) - O ladrão mais conhecido do grupo que assaltou o trem pagador Glasgow-Londres, o britânico Ronald Biggs, faleceu nesta quarta-feira aos 84 anos após sofrer vários derrames cerebrais e pouco depois do 50º aniversário do famoso roubo.
Biggs, que já não conseguia falar e estava recebendo atendimento médico, depois de ter sofrido vários derrames cerebrais nos últimos anos, faleceu nas primeiras horas desta quarta-feira, segundo a imprensa. Sua morte foi confirmada pelo ministério da Justiça.
Pouco antes do 50º aniversário do assalto, Ronald Biggs havia declarado: "Se querem me perguntar se lamento ter participado do golpe, minha resposta é não". No entanto, dizia se arrepender dos golpes infligidos contra o condutor do trem, Jack Mills, que nunca se recuperou e morreu anos depois.
A AFP não conseguiu entrar em contato com Michael Biggs, o filho que Ronald Biggs teve com uma brasileira, mas em sua secretária eletrônica ele avisava: "Por motivos óbvios, não atenderei muitas ligações no dia de hoje".
Na madrugada do dia 8 de agosto de 1963, o condutor de um trem pagador que realizava o percurso entre a cidade escocesa de Glasgow e a estação londrina de Euston parou em um ponto isolado na altura de Ledburn, a noroeste de Londres. Um sinal vermelho na via havia ordenado que parasse, mas era uma armadilha.
Os assaltantes agrediram o condutor, desengancharam a locomotiva e os dois primeiros vagões e, em seguida, descarregaram 120 sacos que continham 2,5 toneladas de dinheiro em espécie. Tudo isso sem que os funcionários que estavam nos outros vagões percebessem o golpe. Soma do saque: o equivalente a 54 milhões de euros atuais (75 milhões de dólares).
Biggs foi detido um mês mais tarde e condenado a 30 anos de prisão, mas em 1965 conseguiu escapar da prisão londrina de Wandsworth ao escalar o muro e fugir posteriormente em um furgão.
Após uma fuga que o conduziu à Bélgica, França e até mesmo à Austrália, Biggs se exilou no Brasil, onde conseguiu fugir da polícia graças a documentos falsos e a várias cirurgias estéticas.
No entanto, doente e arruinado, decidiu retornar ao Reino Unido em 2001 para cumprir sua pena. Biggs, que foi colocado em liberdade em 2009 por motivos de saúde, viveu posteriormente em um asilo no norte de Londres.
Ao fim de sua vida, obrigado a se deslocar em uma cadeira de rodas e a se comunicar através de um cartaz concebido especialmente para ele, no qual figuravam principalmente as letras do alfabeto, Ronald Biggs não havia perdido em nada seu ar provocador. Assim, fez um gesto obsceno aos jornalistas durante o funeral do cérebro do assalto do trem Glasgow-Londres, Bruce Reynolds, que faleceu no fim de fevereiro.
O ex-chefe da polícia metropolitana de Londres Robert Mark estimou que Biggs "agregou um bem-vindo e pouco comum toque de humor à história do crime", segundo o obituário publicado pelo jornal britânico The Guardian.
Por acaso, a BBC já planejava transmitir dois novos filmes sobre o roubo nesta quarta e quinta-feira.
Peter Rayner, que trabalhava para a companhia ferroviária britânica British Rail, criticou no passado a simpatia suscitada por Biggs. No entanto, disse pensar na família do falecido após sua morte.
"Embora tenha criticado - e siga criticando - os grandes assaltantes de trem e o fato de os tratarem como se fossem heróis, em particular levando-se em conta a morte de Jack Mills, transmito minha solidariedade a sua família", afirmou.
Biggs, que já não conseguia falar e estava recebendo atendimento médico, depois de ter sofrido vários derrames cerebrais nos últimos anos, faleceu nas primeiras horas desta quarta-feira, segundo a imprensa. Sua morte foi confirmada pelo ministério da Justiça.
Pouco antes do 50º aniversário do assalto, Ronald Biggs havia declarado: "Se querem me perguntar se lamento ter participado do golpe, minha resposta é não". No entanto, dizia se arrepender dos golpes infligidos contra o condutor do trem, Jack Mills, que nunca se recuperou e morreu anos depois.
A AFP não conseguiu entrar em contato com Michael Biggs, o filho que Ronald Biggs teve com uma brasileira, mas em sua secretária eletrônica ele avisava: "Por motivos óbvios, não atenderei muitas ligações no dia de hoje".
Na madrugada do dia 8 de agosto de 1963, o condutor de um trem pagador que realizava o percurso entre a cidade escocesa de Glasgow e a estação londrina de Euston parou em um ponto isolado na altura de Ledburn, a noroeste de Londres. Um sinal vermelho na via havia ordenado que parasse, mas era uma armadilha.
Os assaltantes agrediram o condutor, desengancharam a locomotiva e os dois primeiros vagões e, em seguida, descarregaram 120 sacos que continham 2,5 toneladas de dinheiro em espécie. Tudo isso sem que os funcionários que estavam nos outros vagões percebessem o golpe. Soma do saque: o equivalente a 54 milhões de euros atuais (75 milhões de dólares).
Biggs foi detido um mês mais tarde e condenado a 30 anos de prisão, mas em 1965 conseguiu escapar da prisão londrina de Wandsworth ao escalar o muro e fugir posteriormente em um furgão.
Após uma fuga que o conduziu à Bélgica, França e até mesmo à Austrália, Biggs se exilou no Brasil, onde conseguiu fugir da polícia graças a documentos falsos e a várias cirurgias estéticas.
No entanto, doente e arruinado, decidiu retornar ao Reino Unido em 2001 para cumprir sua pena. Biggs, que foi colocado em liberdade em 2009 por motivos de saúde, viveu posteriormente em um asilo no norte de Londres.
Ao fim de sua vida, obrigado a se deslocar em uma cadeira de rodas e a se comunicar através de um cartaz concebido especialmente para ele, no qual figuravam principalmente as letras do alfabeto, Ronald Biggs não havia perdido em nada seu ar provocador. Assim, fez um gesto obsceno aos jornalistas durante o funeral do cérebro do assalto do trem Glasgow-Londres, Bruce Reynolds, que faleceu no fim de fevereiro.
O ex-chefe da polícia metropolitana de Londres Robert Mark estimou que Biggs "agregou um bem-vindo e pouco comum toque de humor à história do crime", segundo o obituário publicado pelo jornal britânico The Guardian.
Por acaso, a BBC já planejava transmitir dois novos filmes sobre o roubo nesta quarta e quinta-feira.
Peter Rayner, que trabalhava para a companhia ferroviária britânica British Rail, criticou no passado a simpatia suscitada por Biggs. No entanto, disse pensar na família do falecido após sua morte.
"Embora tenha criticado - e siga criticando - os grandes assaltantes de trem e o fato de os tratarem como se fossem heróis, em particular levando-se em conta a morte de Jack Mills, transmito minha solidariedade a sua família", afirmou.
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