Ucrânia diz que acordo histórico com Moscou evitou uma quebra
KIEV, 18 dez 2013 (AFP) - A Ucrânia considerou nesta quarta-feira que o histórico acordo de terça-feira com a Rússia salvou a sua economia da quebra, num momento em que os manifestantes favoráveis à União Europeia acusam o governo de vender o país a Moscou.
A oposição ucraniana protesta há mais de três semanas contra a negativa do governo de assinar um acordo de associação com a UE em proveito de uma maior cooperação econômica com a Rússia.
"Ontem presenciamos um acontecimento histórico", declarou o primeiro-ministro Mykola Azarov, referindo-se à visita a Moscou do presidente Viktor Yanukovich na qual a Rússia decidiu investir 15 bilhões de dólares em dívida ucraniana, e reduzir em um terço os preços do gás que vende.
O preço do gás russo exportado à Ucrânia custará a partir de agora 268,5 dólares por 1.000 metros cúbicos, contra os mais de 400 dólares atuais.
"O que esperava a Ucrânia (se não assinasse este acordo)? A resposta é clara: a quebra e o colapso social", estimou o primeiro-ministro.
Além disso, o chefe de governo advertiu que a Ucrânia "não permitirá que ninguém" desestabilize o país após a assinatura dos acordos econômicos em Moscou.
A Casa Branca afirmou na terça-feira que o acordo econômico assinado entre Ucrânia e Rússia não era suficiente para responder às preocupações dos manifestantes pró-ocidentais de Kiev.
"Fazemos um apelo para que o governo ucraniano ouça seus administrados e atue de forma a criar uma via para um futuro europeu pacífico, justo, democrático e próspero ao qual aspiram os ucranianos", disse o porta-voz Jay Carney durante sua entrevista coletiva à imprensa.
"Pedimos ao governo ucraniano que inicie um diálogo imediato com a oposição e com todos aqueles que expressaram, durante os protestos, a sua vontade de chegar a uma Ucrânia melhor", ressaltou o porta-voz.
Em Kiev, os líderes da oposição, que se manifesta e ocupa a Praça da Independência há quatro semanas, acusaram na tarde de terça-feira ante 50.000 manifestantes Yanukovich de ter vendido a Ucrânia a Moscou.
O presidente russo afirmou que durante as negociações não se tratou da adesão da Ucrânia a uma união aduaneira liderada por Moscou e integrada também por Belarus e Cazaquistão, uma questão temida pela oposição ucraniana favorável à UE.
No entanto, os dois países assinaram um acordo que prevê levantar os obstáculos comerciais entre eles até 2014.
Antes de sua reunião, Yanukovich havia defendido uma associação estratégica com a Rússia, considerada mais adequada para tirar a Ucrânia da crise que a assinatura de um Acordo de Associação com a UE, mal visto por Moscou.
A rejeição do presidente ucraniano em assinar este histórico acordo levou às ruas centenas de milhares de pessoas e afundou o país em uma crise política inédita desde a Revolução Laranja de 2004.
bur-ma/sjw/ec/dmc/avl/ma
A oposição ucraniana protesta há mais de três semanas contra a negativa do governo de assinar um acordo de associação com a UE em proveito de uma maior cooperação econômica com a Rússia.
"Ontem presenciamos um acontecimento histórico", declarou o primeiro-ministro Mykola Azarov, referindo-se à visita a Moscou do presidente Viktor Yanukovich na qual a Rússia decidiu investir 15 bilhões de dólares em dívida ucraniana, e reduzir em um terço os preços do gás que vende.
O preço do gás russo exportado à Ucrânia custará a partir de agora 268,5 dólares por 1.000 metros cúbicos, contra os mais de 400 dólares atuais.
"O que esperava a Ucrânia (se não assinasse este acordo)? A resposta é clara: a quebra e o colapso social", estimou o primeiro-ministro.
Além disso, o chefe de governo advertiu que a Ucrânia "não permitirá que ninguém" desestabilize o país após a assinatura dos acordos econômicos em Moscou.
A Casa Branca afirmou na terça-feira que o acordo econômico assinado entre Ucrânia e Rússia não era suficiente para responder às preocupações dos manifestantes pró-ocidentais de Kiev.
"Fazemos um apelo para que o governo ucraniano ouça seus administrados e atue de forma a criar uma via para um futuro europeu pacífico, justo, democrático e próspero ao qual aspiram os ucranianos", disse o porta-voz Jay Carney durante sua entrevista coletiva à imprensa.
"Pedimos ao governo ucraniano que inicie um diálogo imediato com a oposição e com todos aqueles que expressaram, durante os protestos, a sua vontade de chegar a uma Ucrânia melhor", ressaltou o porta-voz.
Em Kiev, os líderes da oposição, que se manifesta e ocupa a Praça da Independência há quatro semanas, acusaram na tarde de terça-feira ante 50.000 manifestantes Yanukovich de ter vendido a Ucrânia a Moscou.
O presidente russo afirmou que durante as negociações não se tratou da adesão da Ucrânia a uma união aduaneira liderada por Moscou e integrada também por Belarus e Cazaquistão, uma questão temida pela oposição ucraniana favorável à UE.
No entanto, os dois países assinaram um acordo que prevê levantar os obstáculos comerciais entre eles até 2014.
Antes de sua reunião, Yanukovich havia defendido uma associação estratégica com a Rússia, considerada mais adequada para tirar a Ucrânia da crise que a assinatura de um Acordo de Associação com a UE, mal visto por Moscou.
A rejeição do presidente ucraniano em assinar este histórico acordo levou às ruas centenas de milhares de pessoas e afundou o país em uma crise política inédita desde a Revolução Laranja de 2004.
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