Síria: Ao menos 25 mortos em Aleppo; crianças atingidas em Homs

BEIRUTE, 22 dez 2013 (AFP) - Uma série de ataques aéreos realizados pela aviação síria neste domingo em Aleppo matou dezenas de pessoas, enquanto um ataque a uma escola em Homs vitimou seis crianças.

"Ao menos 25 pessoas, entre elas seis crianças, morreram e 17 outras ficaram gravemente feridas no lançamento de barris de explosivos em uma estrada perto de um mercado e no bairro de Hanano", em Aleppo, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O centro de imprensa de Aleppo (oposição) denunciou "um massacre" sobre esta estrada, onde os barris de explosivos atingiram vários veículos matando todos os seus passageiros.

"Os hospitais estão lotados de feridos", relatou o centro de imprensa, sem saber indicar um número exato de vítimas, enquanto os bombardeios prosseguem sobre os bairros de Aleppo.

Em um vídeo divulgado pela organização, é possível ver uma grande poça de sangue em um carro completamente destruído.

Outro vídeo mostra vários carros carbonizados, caminhões em chamas e um prédio destruído sob os olhares aterrorizados de pessoas reunidas.

A Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) denunciou a campanha de bombardeios realizada pelo regime há oito dias em Aleppo, evocando "uma situação de terror e um êxodo da população para terras agrícolas, apesar do frio glacial".

No sábado, a organização Human Rights Watch condenou esses ataques, evocando um balanço de mais de 200 mortos em poucos dias. "As forças governamentais provocaram um desastre humanitário em Aleppo", segundo a HRW.

E em Homs, no centro da Síria, oito pessoas, incluindo seis crianças, foram mortas na explosão de um carro-bomba.

"Seis estudantes e dois funcionários foram mortos por terroristas na explosão de um carro-bomba perto da escola primária da localidade de Um al-Amad, na província de Homs", indicou a Sana.

O OSDH, que se baseia em uma ampla rede de fontes civis, médicas e militares, confirmou a explosão e disse que cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas.

A organização indicou que Um al-Amad é habitada por xiitas ligada aos aluítas, comunidade à qual pertence o presidente Bashar Al-Assad, ao contrário da maioria dos rebeldes que lutam para derrubá-lo, que pertencem à comunidade sunita.

De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), ao menos 500.000 pessoas foram feridas na guerra que arrasa a Síria desde março de 2011.

"Ao menos meio milhão de pessoas foram feridas no país, enquanto milhões de outros ainda estão deslocadas e dezenas de milhares privadas de liberdade", explicou Magne Barth, chefe da delegação do CICV na Síria.

"As reservas de alimentos e de outros bens de primeira necessidade estão se esgotando perigosamente, particularmente nas zonas sitiadas (...) E por isso, apesar da extrema urgência da situação, é extremamente difícil levar ajuda aos sírios", acrescentou.

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