Bolívia chama Chile de 'país agressor' sobre conflito marítimo
O Chile, como "país agressor e abusivo", tem a obrigação de se aproximar da Bolívia para discutir uma solução para a centenária reivindicação marítima, afirmou neste domingo o vice-presidente boliviano Alvaro García Linera.
"Eles são os agressores, os que têm a obrigação de se aproximar para dialogar, porque nós, os agredidos, os invadidos, sempre consideramos a opção do diálogo", declarou o governante a jornalistas.
A Bolívia se considera uma vítima do Chile, depois de ter sido invadida em 1879. O incidente levou à chamada Guerra do Pacífico, após a qual o Chile recebeu 120.000 km² e 400 km de costa, que antes pertencia à Bolívia, e que era a única saída para o mar.
La Paz também considera que o Tratado de Paz e Amizade de 1904, que definiu os limites de fronteira, foi imposto por Santiago pela força.
A Bolívia exige há mais de 100 anos a devolução pelo Chile desta saída marítima, e levou, em abril passado, La Moneda ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, que atendeu o seu pedido.